Mato Grosso tem previsão de 334 julgamentos para Mês Nacional do Júri

Você está visualizando atualmente Mato Grosso tem previsão de 334 julgamentos para Mês Nacional do Júri
Compartilhe

Mato Grosso tem 334 julgamentos designados para o Mês Nacional do Júri. A mobilização do sistema de Justiça em todo o país visa levar a julgamento os responsáveis por crimes dolosos (cometidos com intenção) contra a vida – homicídios e tentativas de homicídio. Durante todo o mês de novembro magistrados e servidores do Judiciário atuarão em parceria com promotores, defensores públicos e advogados para realizar as sessões de Tribunal do Júri.

Conforme o juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Mato Grosso, Luiz Octávio Saboia, que está à frente do trabalho no estado, Várzea Grande será a comarca com maior número de júris, 48 no total. Em Tangará da Serra serão 32 sessões, em Rondonópolis 18, em Cuiabá 16 e em Sinop 12. Algumas comarcas como Itaúba, Nova Canaã do Norte, Pedra Preta, Porto dos Gaúchos, entre outras, ficarão de fora por não possuírem processos aptos para júri. 

A iniciativa é dos órgãos integrantes da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), parceria que une o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Ministério da Justiça (MJ). Promovida desde 2014, inicialmente a ação ocorria durante uma semana. Na primeira edição, foram realizados 2.442 plenários de júri e, no ano passado, 2.616 julgamentos. Com a ampliação do período a partir deste ano, o número deve aumentar consideravelmente.

Para Luiz Octávio Saboia, transformar a semana em mês foi bastante positivo e vai possibilitar que os magistrados se programem e organizem melhor a pauta. Além disso, a ideia é otimizar resultados e dar mais eficiência aos julgamentos do júri. “Foi um pleito dos tribunais para que os juízes pudessem estabelecer pautas mais condizentes com a realidade local e para que se evitasse o deslocamento do magistrado, como ocorreu no nosso estado ano passado, para atender uma comarca com demanda muito grande”, contou.

De acordo com o juiz, o CNJ optou por fazer uma pauta temática e estabeleceu alguns parâmetros. Dessa forma, serão julgados crimes dolosos contra a vida: envolvendo violência doméstica; praticados por policias militares em serviço ou não; ocorridos próximos a estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes. “A intenção do CNJ é, de fato, fazer um raio X dessas situações para, no futuro, poder propor políticas públicas e soluções voltadas para minimizar esse tipo de ocorrência”, afirmou o magistrado.

Fonte: TJMT