Mais de 500 pessoas participam de audiência pública do CNJ no ES

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Mais de 500 pessoas participaram da audiência pública realizada nesta quinta-feira (25/06) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Presidida pelo Corregedor Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, a audiência teve uma quantidade de participantes que superou as expectativas: apesar do salão pleno do tribunal ter ficado lotado, vários cidadãos ainda permaneceram do lado de fora do TJES aguardando a oportunidade de entrar. No total, a audiência teve quatro horas e meia de duração, mas os atendimentos aos capixabas continuam durante todo o dia, por parte da equipe do CNJ, até as 19h.

Tais audiências, que estão sendo realizadas pelo CNJ em todo o país, têm como objetivo coletar denúncias, críticas e sugestões sobre o funcionamento da Justiça. Segundo informações do Conselho, entre ontem e hoje, foram atendidos no Espírito Santo, até agora, 240 cidadãos. A maioria dos depoimentos abordou denúncias sobre morosidade na execução de precatórios e de deficiências no sistema penitenciário. De acordo com o ministro Gilson Dipp, a audiência pública corresponde a uma manifestação de cidadania. O ministro deixou claro que “ninguém melhor para entender e defender a cidadania que o Judiciário”. Neste sentido, o CNJ é cada vez mais, segundo ele, “o grande interlocutor entre a sociedade e o Poder Judiciário”.

A audiência contou, além dos cidadãos capixabas, com a presença do presidente em exercício do TJES, desembargador Álvaro Bourguignon, o corregedor geral da Justiça no Estado, desembargador Rômulo Taddei, o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Mozart Valadares, o ex-governador do Estado, Max Moura, e representantes da OAB, de entidades diversas da sociedade civil e servidores do Judiciário. Para o ministro Gilson Dipp, o número de pessoas demonstrou, mais uma vez, que o brasileiro acredita no Judiciário. “Isso tem sido uma constante nas inspeções e audiências já realizadas”, destacou.

O corregedor enfatizou, ainda, que a situação observada no TJES não é muito diferente da de outros tribunais que estão sendo acompanhados pelo CNJ, em termos de gestão, de aplicação de recursos públicos, de aprimoramento da Justiça ou de apoio ao primeiro grau de jurisdição. De acordo com ele, o Judiciário brasileiro, via de regra, reflete o que a população transmite. “Temos desigualdades sociais imensas no Brasil e essas desigualdades também se refletem entre os vários ramos do Judiciário e entre os Estados. Portanto, nada que acontece no Espírito Santo está fora da realidade brasileira”, afirmou.

 

JA/HC com Imprensa do TJES