Magistrados e servidores fazem “Faxinaço” contra o mosquito da dengue

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Vestidos com camisas brancas, luvas nas mãos, sacos para coletar lixos e materiais que servem para auxiliar na identificação de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, magistrados, servidores e colaboradores da Justiça do Amapá realizaram uma intensa varredura nos prédios da Justiça, uma operação denominada Faxinaço. De maneira simultânea, todos estiveram empenhados no incentivo interno de conscientizar a cuidarem do ambiente de trabalho, das suas residências e de toda a cidade contra o mosquito Aedes aegypti.

A ação aconteceu nos prédios do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), Juizado Norte, Juizado Sul, Juizado Virtual e Extensão Fama, fóruns de Macapá e Santana. No prédio do Tribunal de Justiça, os desembargadores Carmo Antônio de Souza, Carlos Tork e Stella Ramos destacaram que a motivação principal do Faxinaço é fazer com que todos saibam a importância de se prevenir contra o mosquito que tem afetado tão gravemente todo o país.

“Todos os prédios da Justiça do Amapá estão envolvidos nessa grande ação. Magistrados e servidores estão juntos na busca de focos do mosquito e, se encontrados, logo serão eliminados, além de também nos prevenirmos de possíveis futuros focos do mosquito e impedi-los que se proliferem”, disse o desembargador Carmo Antônio de Souza. Com a ajuda de agentes de endemias da Prefeitura de Macapá, foram vistoriados vários pontos ao redor do prédio do TJAP. Dicas foram repassadas pelos profissionais para evitar que haja acúmulo de água, mesmo naqueles lugares que aparentemente não representam perigo.

“Essa iniciativa é um processo de conscientização para que as pessoas possam se educar e saber de suas responsabilidades na sociedade. Um foco na minha casa, por exemplo, pode prejudicar minha vizinhança, então devemos ser um exemplo para a população, e evitar que o mosquito nos vença”, ressaltou o desembargador Carlos Tork.

Preocupação – Já no Juizado Especial Norte, a equipe comandada pelo juiz Marconi Pimenta, mostrou grande preocupação em combater o mosquito Aedes aegypti. Com o auxílio de agentes de endemias, magistrados e servidores percorreram ao redor do prédio do juizado. “Não encontramos nenhum foco do mosquito, mas recebemos orientações valiosas dos agentes. Além da faxina no Juizado Norte, aproveitamos para limpar também o Hospital Metropolitano, que é nosso vizinho. Foi feita a limpeza pela Prefeitura de Macapá e o combate ao mosquito em todo o prédio”, informou o juiz Marconi.

O magistrado destacou ainda que o Faxinaço representa um ato de cidadania e um exemplo dado Justiça do Amapá à sociedade. “Estamos unindo forças: juízes, servidores e colaboradores, todos cuidando da sua própria casa, e a nossa segunda casa é o nosso local de trabalho, então não é justo que a gente cobre dos outros se nós não temos uma atitude ativa de limpar nossa própria casa, nosso próprio ambiente de trabalho”, observou.

No Juizado Especial Virtual, a ação, que também teve apoio de servidores da Extensão Fama, aconteceu durante toda a manhã de sábado, com a limpeza dentro e fora do prédio. “A importância dessa campanha é muito grande para toda a população, e o Judiciário Amapaense se preocupa não só com a parte jurídica, mas com a vida, que é primordial. Sabemos que esse mosquito tem causado inúmeras perdas, diversos problemas. Por isso, o combate é fundamental”, ressaltou o diretor do Fórum dos Juizados Virtuais, juiz Fábio Santana.

Mutirão de limpeza – No Juizado Especial Sul, os servidores se uniram no mutirão de limpeza para também procurar possíveis focos do mosquito. Nada foi encontrado, mas já fica a prevenção. “Embora haja grande esforço do Judiciário para eliminar possíveis focos do Aedes aegypti em seus prédios, a conscientização de combate ao mosquito deve atingir toda sociedade. Medidas cabíveis como os cuidados diários nas residências são de grande importância para controlar esse mal que traz tantos riscos a nossa saúde”, disse Iara Gomes, chefe de secretaria do Juizado Especial Sul.

No Fórum de Macapá, os desembargadores Carlos Tork e Stella Ramos percorreram toda a unidade. Servidores da Diretoria do Fórum, acompanhados de serventes da empresa de limpeza, fizeram o Faxinaço em busca de possíveis focos do mosquito. “Todos podem ser vigilantes e ajudar na prevenção. Esse é um problema de todos nós, é um dever de cada cidadão do Amapá fazer com que não ocorra uma epidemia. E para evitar que a larva venha a nascer e com ela a doença se prolifere, é preciso limpar nosso local de trabalho, nossa casa, os quintais, as ruas, e qualquer possibilidade de foco do mosquito”, ressaltou a desembargadora Stella Ramos.

A Comarca de Santana aderiu completamente à campanha e já durante a semana os serventuários realizaram uma varredura pela área externa do prédio. Na programação de limpeza do sábado, a equipe focou na parte interna e verificou todas as secretarias minuciosamente procurando os focos de água parada. Segundo os próprios servidores, a campanha foi recebida com grande festa. O trabalho foi realizado em duas frentes, uma visando a prevenção e a outra atuando na conscientização.

Exemplo – Para o chefe de gabinete da Diretoria do Fórum de Santana, Mauro de Jesus Gonçalves, as pessoas já começaram a entender que essa é uma missão de todos, e os servidores públicos principalmente precisam dar o bom exemplo para a sociedade. “O Poder Judiciário, a partir do momento em que é o grande defensor do direito, deve preocupar-se sempre com o nosso fundamental direito, que é o da vida. Estamos fazendo nosso papel institucional, assim como devemos levar isso para as nossas casas”, defendeu o servidor.

“A ideia é sensibilizar cada um da importância da ação, e fazermos dela um exemplo a ser seguido por todos os habitantes. E me antecipo em dizer que esta ação não ficará apenas nesta edição. Já estamos estudando a possibilidade de realizá-la mensalmente. Com isso, esperamos contribuir para que essa epidemia que tem tirado a saúde e levado à morte muitas pessoas, seja reduzida em nosso estado e no país”, declarou a presidente do TJAP, desembargadora Sueli Pini.

Fonte: TJAP