Magistrados e servidores aprendem novas formas de prevenção de conflitos de família

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Magistrados, psicólogos e assistentes sociais participaram, na segunda-feira (9/12), do I Curso de Formação de Instrutores em Oficinas de Divórcio e Parentalidade, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília/DF. A iniciativa busca orientar esses profissionais sobre como auxiliar pais e filhos a lidarem de forma pacífica com o divórcio ou a dissolução de união estável. O curso é ministrado pela juíza Vanessa Aufiero da Rocha, titular da 2ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de São Vicente/SP.

A magistrada aperfeiçoou a proposta do comitê gestor do movimento pela conciliação de criação de uma oficina de parentalidade. A Oficina de Pais e Filhos foi desenvolvida a partir de diversos projetos do TJSP, TJRJ, TJBA e tem resultado em índices significativos de acordos em conflitos sobre pensão alimentícia e guarda dos filhos, entre outros. Os detalhes do projeto e a sua forma de implantação foram apresentados aos participantes do curso.

A juíza Vanessa da Rocha explicou que a Oficina é um programa educacional interdisciplinar, apoiado na literatura sobre os efeitos do divórcio e a importância de os pais e demais membros da família buscarem maneiras saudáveis de enfrentar o término do casamento. “Pesquisas revelam que, embora comum, o divórcio é o evento que mais causa impacto na vida de uma pessoa, perdendo apenas para a morte”, frisou a magistrada. Segundo ela, os casais que conseguem lidar de forma positiva com a separação garantem aos filhos um ambiente acolhedor e favorecem não apenas sua sobrevivência, mas um amadurecimento positivo após o divórcio.

Existe um tipo de oficina para cada um dos seguintes públicos: pais, filhos crianças e filhos adolescentes. A atividade é planejada para ter aproximadamente quatro horas. Segundo a juíza Vanessa da Rocha, marido e mulher participam de oficinas separadas, e essa estratégia busca lhes dar maior liberdade para expressarem seus sentimentos e angústias.

As oficinas incluem também um lanche-convívio ao final, de cerca de meia hora. Nesse momento, pais e filhos se reencontram e assistem a um vídeo divertido, que retrata, de forma leve e descontraída, as agruras enfrentadas por um filho de pais divorciados. A projeção também transmite uma mensagem positiva e otimista para mostrar que, com orientação, a despeito do divórcio, todos podem ser felizes.

O I Curso de Formação de Instrutores em Oficinas de Divórcio e Parentalidade é uma iniciativa do Comitê Gestor do Movimento pela Conciliação do CNJ, que também promove, a partir desta terça-feira (10/12), a I Conferência Nacional de Mediação de Família e Práticas Colaborativas, no auditório do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

Agência CNJ de Notícias