A importância da atuação dos policiais militares no atendimento às vítimas de violência doméstica foi o enfoque dado pela juíza responsável pela Primeira Vara Especializada de Violência Doméstica e Família contra a Mulher da Comarca de Cuiabá, Ana Cristina da Silva Abdalla, em palestra realizada nesta quinta-feira (26/03) a 220 polícias militares que atendem diariamente ocorrência dessa natureza na capital e em Várzea Grande (MT). O objetivo do trabalho de conscientização é fazer com que a atuação do policial seja a mais eficaz possível já no primeiro atendimento à mulher que sofreu algum tipo de violência doméstica. A magistrada explicou que o domínio do conhecimento do que preceitua a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) faz com que o policial militar passe a ter uma participação mais completa em todo o processo, de forma a contribuir para a pacificação social. De acordo com a juíza, a forma como o atendimento é realizado poderá colaborar para a redução significativa da reincidência de crimes dessa natureza. “Eles são o primeiro contato com a vítima da violência e precisam ver o problema como ele realmente é: grave”, assegurou.
De acordo com as estatísticas apresentadas aos policiais na palestra, de cada três mulheres, uma sofreu ou irá sofrer violência doméstica no Brasil. E justamente atenta a esses dados é que a magistrada acredita que a conscientização dos policiais propiciará a prevenção e a reprimenda dos delitos de gênero. “Se o policial não der a devida atenção à primeira ocorrência, com o passar do tempo, esta poderá se tornar um homicídio”, alertou a juíza Ana Cristina Abdalla. A comandante-geral adjunta da Polícia Militar, coronel PM Lilian Tereza Vieira de Lima, destacou a importância desse tipo de treinamento, destacando que a corporação tem realizado parcerias com o intuito de qualificar os policias com foco na melhoria da prestação do serviço a comunidade.
Para a sargento PM Patrícia Duarte que atua na Base Comunitária do Santa Izabel, a palestra foi fundamental para poder melhorar o atendimento à vítima. “Com as informações corretas sobre a aplicação da lei, ao chegarmos ao local da ocorrência, poderemos analisar o caso com outra ótica”, concluiu. Quem também teve a mesma opinião foi o soldado Eduardo Carmo, do Comando Regional II de Várzea Grande, que acrescentou ser o conhecimento adquirido na palestra essencial para repassar à sensação de segurança a vítima.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social TJMT
