Mais uma fase da preparação do Plano Nacional de Inovação do Poder Judiciário foi cumprida em uma reunião on-line, na segunda-feira (23/10), que contou com a participação de 87 representantes de tribunais de todo o País. Os participantes encaminharam sugestões que integrarão documento preliminar a ser avaliado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), instituição responsável pelo planejamento estratégico do Poder Judiciário brasileiro.
O CNJ, conforme a sua Resolução nº 395, de junho de 2021, leva adiante a elaboração da Política de Gestão da Inovação no Âmbito do Poder Judiciário. Os participantes da reunião on-line integram laboratórios mantidos por órgãos do Poder Judiciário a fim de colocar em prática ações de inovação, conforme as normas do Conselho.
Os laboratórios de inovação, de caráter estratégico, têm a missão de tornar o ambiente da Justiça brasileira propício para a concepção de ideias inovadoras, para o seu desenvolvimento de forma que isso resulte em produto, processo, serviço, modelo de negócio ou tecnologia. “É um trabalho de forma alinhada, a iniciativa de juntar esses participantes e colher contribuições, com o objetivo de estimular o esforço conjunto”, explicou, durante o encontro virtual, a conselheira Salise Sanchotene.
A magistrada é coordenadora do Laboratório de Inovação e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (LIODS) do CNJ e presidente da Presidente da Comissão Permanente de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 2030.
Integração
Entre as colaborações que os participantes dos laboratórios de tribunais e conselhos apresentaram, está a proposta de que o tema inovação passe a integrar os planos estratégicos das instituições e que os indicadores para mensuração da situação de cada instituição seja um referencial ponderado, conforme a especificidade de cada realidade. Presentes à reunião virtual sugeriram também que o CNJ promova capacitação sobre o tema e que as equipes que lidam com inovação trabalhem com dedicação exclusiva.
“Os indicadores propostos por ora são muito quantitativos, também é preciso pensar qualitativamente”, sugeriu a servidora da Justiça Federal de São Paulo, Gisele Fessore. “A alta administração precisa se integrar à inovação e os laboratórios precisam de uma estrutura mínima, ajustada à diversidade e ao contexto de cada instituição”, argumentou o servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE/RS), Rafael Ravazolo. O professor e mestre em administração e negócios fez também a defesa de um incentivo maior para o trabalho em rede.
“Com metodologia, por meio de um processo decisório, se chega mais à frente”, avaliou, na conclusão da reunião, a organizadora da reunião virtual, Elaine Cristina Cestari, que atua como coordenadora do Laboratório de Inovação na Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo.
Texto: Luís Cláudio Cicci
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias