Laboratório Forense de São Luís treina comarcas para coleta de material genético

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O Laboratório de Biologia Molecular do Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, tem recebido servidores de diversas comarcas do Maranhão para serem treinados a coletar células da mucosa bucal, especialmente de crianças, para exames de DNA, em ações de Investigação de Paternidade, em trâmite na justiça estadual.

A chefe do Laboratório Forense, Clarissa Frota Macatrão Costa, explica como os treinamentos foram idealizados. “Resolvemos promover esses encontros com o objetivo de oferecer às comarcas uma alternativa indolor de coleta de material genético, principalmente para as crianças, que tanto sofrem com o método tradicional de coleta de sangue”.

 Em cada treinamento, que tem duração de 30 minutos, a chefe do laboratório explica o passo a passo do método conhecido por “esfregaço bucal”, tira dúvidas dos servidores, e ainda, treina-os, efetivamente. A bióloga coleta material do participante e vice-versa, de forma a tentar garantir a eficácia do procedimento a ser realizado na comarca.
 
“A técnica de extração de DNA a partir de células da mucosa bucal é tão eficiente quanto a do método tradicional. No entanto, o exame de DNA só será eficaz se a coleta for feita corretamente e com a quantidade necessária de material. Daí, a necessidade dos servidores serem treinados”, alerta Clarissa Macatrão.
 
Dez comarcas já foram capacitadas: Araioses, Arame, Cândido Mendes, Codó (3ª Vara), Colinas, Igarapé Grande, João Lisboa (2ª Vara), Pedreiras (3ª Vara), Raposa, Rosário (2ª Vara).

A técnica judiciária Francisleid Costa Athaydes, da comarca de Raposa, afirma que o encontro foi bastante esclarecedor. “Percebi que a técnica é fácil e prática. Tirei todas as minhas dúvidas sobre o assunto. Vai dar para repetir tranquilamente lá na comarca”, assegura a servidora. A próxima comarca a ser treinada será São Bernardo, nesta sexta-feira (14/9).
 
Procedimentos – Para a realização do exame de DNA, as comarcas fazem a requisição para coleta, via sistema Digidoc. Em seguida, a equipe do laboratório agenda a coleta do material genético (sangue ou mucosa bucal) e encaminha o kit (agulha, tubo para coleta de sangue ou escova) para a comarca, pelo correio.
 
Na comarca, o magistrado indica profissionais de atendimento hospitalar para o recolhimento do material (sangue), e, também, indica um servidor, devidamente treinado pelo laboratório forense da capital, para realizar a coleta da mucosa bucal. Depois de recolhido o material, a comarca o envia pelo correio para a realização do exame de DNA, no laboratório do Fórum de São Luís. O laudo é liberado com muita agilidade: em média 15 dias corridos, após a chegada do material no setor.
 
Do TJMA