O Projeto Justiça Itinerante retomou os atendimentos de 2025 nessa quinta-feira (16/1), no bairro Belém Novo, extremo sul da capital. Ao todo, foram realizados 51 atendimentos de questões relacionadas às áreas de Direito Civil, Família, Juizado Especial Cível, Defensoria Pública, além de serviços de registro civil e emissão de documentos (como cópia de nascimento e certidão de casamento) e outras orientações jurídicas.
A dona de casa Nelci Terezinha do Nascimento Apolinário, de 57 anos, foi uma das moradoras da região que procurou atendimento. “Vim em busca do registro civil da minha neta e do meu filho. O projeto me ajudou e, com certeza, voltarei a participar”, afirmou.
Roselaine da Rocha Marques, 39, esteve acompanhada de sua filha Maria Clara Marques Silva, de 16. Esta foi a segunda vez que elas procuraram o projeto, agora em busca de auxílio para dar entrada em um pedido de guarda e pensão alimentícia. “É muito difícil ir até a Defensoria Pública, especialmente para quem mora em áreas distantes. O acesso é mais complicado”, explicou Roselaine. Ela ainda destacou o apoio que a ação oferece, principalmente para quem enfrentou situações adversas. “O projeto nos ajudou muito, principalmente depois que perdemos tudo na enchente”.
A dona de casa Leonite Ana Gheno, 56, encontrou no Justiça Itinerante uma oportunidade para resolver questões jurídicas que a afligiam. Após anos sem acesso a informações e orientações adequadas, ela decidiu buscar ajuda no atendimento oferecido pela iniciativa: “Consegui encontrar o caminho certo e isso já faz toda a diferença”, afirmou Leonite. Ela ressaltou a importância do projeto, especialmente para quem vive em áreas afastadas e não tem condições de acessar os serviços jurídicos convencionais. “Para nós, que moramos longe, é muito difícil. O Justiça Itinerante nos oferece um apoio essencial”, destacou. As orientações recebidas por Leonite proporcionaram a ela acolhimento e a chance de resolver questões importantes, como a sua aposentadoria.
Projeto Justiça Itinerante
A Justiça Itinerante é parte integrante do projeto Judiciário Solidário, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), e foi implementada em fevereiro do ano passado. A iniciativa conta com a parceria da Defensoria Pública Estadual e do Ministério Público do RS, tendo como objetivo proporcionar atendimento jurídico gratuito à população de áreas vulneráveis. Magistrados e profissionais envolvidos na ação social realizam atendimentos, conciliações, instruções e julgamentos de causas judiciais.
