Realizar periodicamente ações que levem a Justiça a populações que residem longe dos grandes centros, em situação de isolamento em área de difícil acesso e sob risco de segurança e vulnerabilidade social. Esse é, na essência, o objetivo da Justiça Itinerante. O programa Link CNJ desta quinta-feira (14/7), às 21h, vai tratar do tema, com destaque para a recente regulamentação da prática pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Durante sessão ordinária no final do mês de maio, o CNJ definiu procedimentos para o funcionamento da Justiça Itinerante em tribunais federais, estaduais e trabalhistas. Os procedimentos estão descritos em resolução que recomenda aos tribunais a realização periódica da Semana da Justiça Itinerante e o estabelecimento de convênios e parcerias com o Ministério Público, a Defensoria Pública e seccionais da OAB para atender a população.
Participam desta edição do Link CNJ, o juiz coordenador da Justiça Comunitária do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), José Antonio Bezerra Filho, e a defensora pública de Rondônia e representante da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos, Débora Machado Aragão.
Além de aproximar fisicamente os serviços da Justiça das pessoas que residem em pontos distantes, o CNJ também quer que o atendimento virtual seja expandido. Para isso, os tribunais devem instalar pontos de inclusão digital. A ideia é criar salas que permitam a realização de atos processuais, principalmente depoimentos de partes, testemunhas por sistema de videoconferência, além de atendimento por meio do Balcão Virtual.
Recomenda-se também que esses ambientes sejam monitorados com mais de uma câmera ou com câmeras 360 graus, de modo a possibilitar a visualização integral do espaço, para permitir que magistrados, integrantes do Ministério Público e partes possam se certificar das condições em que o ato está sendo realizado.
Uma História
No quadro Uma História, a juíza Sandra Silvestre, do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), conta um caso que ela conduziu e demonstra a importância da Justiça Itinerante. A magistrada liderou a libertação de dezenas de trabalhadores rurais, mantidos em regime de escravidão moderna, na divisa de Rondônia com o Acre. O caso de resgate da dignidade humana dessas pessoas teve ainda um episódio pitoresco. Para agradecer o atendimento, os trabalhadores deram à juíza uma pequena parte do que plantavam – abacaxis!
Toda semana o Link CNJ faz o registro das últimas decisões do Conselho Nacional de Justiça e apresenta os destaques das redes sociais do CNJ. Além da transmissão da noite desta quinta, a edição do Link CNJ tem reprises programadas na TV Justiça na sexta (7h), sábado (12h), domingo (14h) e terça-feira (7h30); e também fica disponível no canal do CNJ no YouTube.
Ficha Técnica
Link CNJ na TV Justiça Direção: Betânia Victor Veiga Equipe CNJ: Produção: Bárbara Andrade e Lívia Faria |
Agência CNJ de Notícias
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