O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), por meio da Escola Superior da Magistratura (Esmam), levou o Projeto Justiça Interativa para a Escola Ângelo Ramazzotti, na sexta-feira (15/4), em Manaus. O programa é voltado a estudantes do 3º Ano do Ensino Médio de escolas públicas estaduais. Nos encontros, um juiz voluntário apresenta as funções, atividades e órgãos do Judiciário.
A palestra de sexta foi do juiz Mauro Antony, titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri. “Dou aula, sou professor universitário para alunos do 6º e 8º períodos de Direito, e estou impressionado com o alto nível das perguntas feitas aqui. Só existe um caminho para a gente crescer na vida: estudando. O conselho que deixo aos alunos é que se dediquem à profissão que escolherem”, disse.
Apenas no primeiro semestre, sete palestras foram programadas pelo projeto, com todas em escolas estaduais, atendendo mais de 800 estudantes. O objetivo é desenvolver a interação entre o Tribunal de Justiça e a população local, baseada na concretização das ações do Poder Judiciário e o acesso ao conhecimento das suas funções, atividades e órgãos.
Nas palestras, são utilizados recursos didáticos, tais como apresentação de vídeos, dinâmicas em grupo e apresentações. Aos estudantes, será feita a distribuição de folders, cartilhas doadas pela Associação da Magistratura Brasileira (AMB), como material de apoio às palestras, objetivando fornecer consulta permanente sobre os assuntos abordados. Os magistrados palestrantes colocaram-se à disposição da Esmam como voluntários da iniciativa, promovendo, a cada encontro, o esclarecimento de uma parcela significativa de estudantes, os quais participaram ativamente, com perguntas e reflexões sobre os temas tratados.
Exercício da cidadania – O projeto surgiu como resposta à Meta 4/2011 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinava a implantação de pelo menos um programa de esclarecimento ao público sobre as funções, atividades e órgãos do Poder Judiciário em escolas ou quaisquer espaços públicos. Estudos evidenciavam o distanciamento entre a população e o Judiciário, por desconhecimento do significado dele. Decorreu daí a necessidade de promover a aproximação entre a população local e o Judiciário Amazonense. A proposta era a sensibilização para o desenvolvimento de uma cultura social consciente dos seus direitos para o pleno exercício da cidadania.
A Esmam, órgão do TJAM, implantou o Projeto Justiça Interativa em outubro de 2011. Atingida a meta e concluída a execução das atividades em dezembro do mesmo ano, partiu-se para o diagnóstico avaliativo das ações nas instituições educacionais. Os resultados positivos desta iniciativa bem-sucedida propiciaram a continuidade das ações.
Fonte: TJAM