Justiça goiana organiza bloco de carnaval para conscientizar sobre a violência contra a mulher

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O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, promove a terceira edição do Bloco Nem Vem, uma ação para chamar a atenção do público para a luta contra a violência contra a mulher durante o Carnaval. O bloco sairá pelas ruas de Goiânia na sexta-feira (21/2) e tem o objetivo de orientar o público sobre como agir em casos de assédio sexual e violência.

A pesquisa Percepção sobre o Assédio no Carnaval, realizada pelo Instituo Locomotiva em parceria com a QuestionPro Brasil, constatou-se que 86% das brasileiras concordam que o assédio existe no Carnaval, e metade dessas mulheres afirmaram já ter passado por situações de assédio na
festividade. Além disso, o estudo demonstrou a preocupação com o assunto, pois 7 em cada 10 entrevistadas alegaram medo de sofrerem alguma violência no Carnaval.

Para o presidente do TJGO, desembargador Leandro Crispim, esses dados reiteram a importância do projeto. Segundo ele, “o bloco reflete o compromisso do Tribunal com a proteção às vítimas de assédio e violência, além do combate à impunidade”. O chefe do Poder Judiciário estadual ainda destacou que o Carnaval não deve ser usado como justificativa para assédio, importunação ou qualquer forma de violência contra a mulher. “O ‘não’ precisa ser ouvido e respeitado sempre”, destacou.

De acordo com a coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher, desembargadora Alice Teles, o Bloco Nem Vem cumpre um papel essencial ao levar a mensagem de respeito, conscientização e informação para as ruas. A magistrada também evidenciou a atuação do TJGO no combate à violência contra a mulher. “Estamos comprometidos com a proteção das vítimas e com o fortalecimento das políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero. A mudança cultural passa pela informação, e iniciativas como essa são fundamentais para garantir que o Carnaval seja um espaço de liberdade, não de medo”, afirmou.

“Precisamos lembrar que importunação sexual é crime e que toda mulher tem o direito de se divertir sem ser importunada”, enfatizou a segunda vice-coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher e gestora do projeto, juíza Érika Barbosa. Segunda a magistrada, o bloco traz uma mensagem fundamental de que toda mulher tem o direito de se divertir em segurança.

Desfile

Diferente das duas últimas edições, neste ano, o bloco realizará um percurso diferente. A concentração inicial dos foliões será na Praça do Sol, das 19 às 20 horas. Às 20 horas, o bloco partirá pela Rua João de Abreu e irá até a Rua R-11, onde passará em frente ao Bar Cervejaria Mangueiras. Em seguida, o percurso continuará pela Rua T-7 e avançará pela Avenida Assis Chateaubriand até o estacionamento do Tribunal de Justiça, situado na Rua 101.

O desfile contará com a participação da servidora do TJGO e cantora, Mara Cristina, que guiará os foliões em cima de um trio elétrico. O evento é aberto ao público externo. Os pais também poderão levar seus filhos, pois a Coordenadoria Infância e Juventude e do Juizado da Infância e Juventude de Goiânia estará presente, dando o apoio necessário.

Abadás

Neste ano, serão distribuídos cerca de 1.500 abadás, que podem ser solicitados por meio de inscrição on-line no site Sympla. O primeiro lote das inscrições foi destinado ao público interno do Tribunal, com um total de 700 abadás. As inscrições gerais podem ser realizadas entre os dias 17 e 21 de fevereiro, a partir das 12 horas. No ato da inscrição, será gerado um Qr Code, que deverá ser apresentado junto com 2 quilos de alimentos não perecíveis, para a retirada das camisetas. Neste ano, também será possível a doação de R$25,00 caso o folião opte por não levar os alimentos. Os abadás serão entregues a partir da terça-feira (18/2) no Fórum Cível, localizado Park Lozandes ou na sede do TJGO, na portaria da Avenida Assis Chateaubriand.

Fonte: TJGO

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