Justiça de Alagoas promove curso sobre uso responsável da IA no Judiciário

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Foto: TJAL
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Setenta servidores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) fazem parte da turma do curso “Novas Tecnologias e Inteligência Artificial Generativas aplicadas ao Poder Judiciário”, realizado nesta segunda-feira (28), na sede da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal).

A formação é ministrada pelo especialista em Inteligência Artificial e juiz do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), Esdras Silva Benchimol. Na última quinta (24) e sexta-feira (25), o curso foi voltado para magistrados do TJAL.

Para Cícera Tomaz Cassiano, chefe de secretaria na comarca de Quebrangulo, o curso é uma oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o tema.

“Eu já havia participado de uma formação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre IA, e estou participando do curso da Esmal para compreender ainda melhor o conteúdo. Acredito que o uso dessas ferramentas corresponde a um passo importante para o Judiciário, à medida que torna nosso trabalho, além de tudo, mais produtivo”, avaliou.

Checagem de dados

Ana Paula de Melo Gomes, servidora do 5.º Juizado Especial Cível da capital, analisou que o uso da Inteligência Artificial pelos servidores deve estar diretamente associado às ferramentas do Direito e à capacidade de seleção de informações por parte do indivíduo que está lidando com a máquina.

“O professor comentou que o sistema é muito criativo e quer nos convencer através da resposta. É muito importante que saibamos filtrar essas soluções, pois elas podem estar baseadas em erros, tendo em vista que o sistema trabalha com bases matemáticas e algoritmos. É preciso muito cuidado para verificar se aquela informação é realmente verdadeira. Para tanto, é indispensável o comprometimento com as noções do Direito e de outras áreas do conhecimento”, disse.

Dentro dessa perspectiva, Jasieliton Bernardo, assessor da 3ª Vara Criminal de Rio Largo, vê a IA como um instrumento de otimização de tempo e de produtividade, mas reforça que suas aplicações precisam passar pelo exame detalhado dos usuários.

“A ferramenta oferece celeridade, porém sua execução requer da gente atenção, cuidado e zelo na análise dos processos. Ela auxilia muito, otimiza nosso tempo e traz jurisprudências e doutrinas sobre determinadas situações”, concluiu.

Fonte: TJAL

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