O ônibus do Juizado Itinerante da Lei Maria da Penha, também conhecido como Ônibus Rosa, é uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo que tem como objetivo dar suporte às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. De acordo com dados do Ministério das Mulheres, até o mês de julho foram registradas 1.939 denúncias no Espírito Santo, um aumento de 66,58% em relação ao mesmo período do ano passado.
Natália Brito, secretária municipal de saúde interina, esteve presente na ação do dia 1.°, em Mantenópolis, e reforçou a importância do projeto. “Estamos muito gratos pela presença do Ônibus Rosa. Nós temos o apoio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), que proporciona suporte com psicólogos e assistentes sociais, mas esse apoio do tribunal é essencial para trazer informações e orientar nossas mulheres a respeito da violência doméstica e emocional, do que elas podem fazer para ter suas medidas protetivas. Essa iniciativa é muito importante para nosso município, para que as vítimas não continuem sendo abusadas”, ressalta.
Além dos atendimentos, foi realizada a divulgação da Cartilha Faça Você Mesmo, projeto do Laboratório de Inovação do TJES, e foram oferecidos diversos exames de saúde, como de glicose, DST, medição de pressão, bem como orientação jurídica, pelo Núcleo Margaridas (Núcleo de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência) da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para Mulheres, do Governo do Estado.
Ademais, ocorreram 4 palestras em Mantenópolis, uma no próprio Juizado Itinerante, com o tema Lei Maria da Penha, e outras três na escola estadual Christiano Dias Lopes. No total, a palestra alcançou cerca de 180 alunos.
Edvaldo Menegazzo de Almeida, diretor da instituição, ressaltou o impacto das palestras. “Para nós, essa conversa com nossos alunos do ensino fundamental e médio, sobre a valorização da mulher, é muito importante para a formação de uma sociedade melhor, que é o que a gente espera. Ressaltando a importância de trabalharmos nossas habilidades socioemocionais, de tolerância, de amor, de empatia. Acredito que nossos estudantes tiveram um aprendizado significativo sobre a importância de tratar as mulheres com respeito, nas escolas, em suas casas”, afirma.