A Área de Políticas Públicas e Medidas Socioeducativas do Juizado da Infância e da Juventude da Comarca de Macapá deu início ao II Módulo do Projeto Ação Jovem-Seguros. Na prática, a execução da etapa consiste na oferta de curso profissionalizante na área de informática básica ministrado pelo Senai de Amapá.
O servidor Izaelson Victor dos Santos sustenta que é uma responsabilidade de longo alcance social promover a inclusão em cursos profissionalizantes de jovens em cumprimento de medidas socioeducativas ou egresso destas, visando dinamizar, com eficácia, o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). “A Justiça, na forma restaurativa, não só julga. Ela também procura incluir e oferecer oportunidade para os jovens”, explicou.
Com uma média de 25 adolescentes no curso, o objetivo maior e a formação individual com vistas à preparação para o mercado de trabalho, mediante o estreitamento de relações institucionais com empresas, uma vez que a maioria dos jovens não possui experiência profissional. Com a iniciativa, oportunidades podem surgir em nome das parcerias celebradas.
Qualificação – Um dos beneficiados, Paulo Gabriel, de 18 anos, acredita que o Projeto Infância Senai abrirá portas para jovens excluídos da sociedade devido ao preconceito e à falta de confiança da indústria de trabalho. “De todos os cursos ministrados, o que eu mais me identifiquei foi com o de informática, justamente por que o mercado está focando nesse mundo da tecnologia. Assim, é preciso ter essa qualificação”, constatou.
Para Paulo Rech, diretor técnico do Senai, a contribuição da instituição agrega utilidade, visto que sua meta é formar mão de obra para a indústria brasileira. “Fazemos parcerias em todo o Brasil com várias instâncias da Justiça. É de relevância para o Senai ter essa parceria com Justiça do Amapá, pois temos o objetivo mútuo de colocar esse público especial no mundo do trabalho”, afirmou.
O projeto Ação Jovem-Seguros busca reintegrar o adolescente em atrito com lei à sociedade, para que ele possa se beneficiar com o regresso social, a vida familiar, a educação e o emprego. Por consequência, a inciativa contribui para a redução dos índices de violência e o aumento da autoestima, fortalecendo o desenvolvimento pessoal e social do jovem.
Fonte: TJAP