Judiciário revê a situação de crianças e adolescentes acolhidos em MT

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Os juízes da Infância e Juventude de Mato Grosso visitarão as 74 instituições de acolhimento do estado, até o próximo sábado (28/11), para reavaliar a situação das crianças e adolescentes acolhidos há mais de seis meses. Eles farão audiências concentradas para verificar se as crianças e os adolescentes podem voltar ao convívio das famílias de origem (pai e mãe), da família extensa (tios e avós), se serão encaminhadas às famílias substitutas (disponibilizadas à adoção) ou ainda se permanecerão tuteladas.

As audiências começaram na segunda-feira (23/11). Em Cuiabá, estão programadas 48 até a sexta-feira (27/11). Elas são realizadas pela juíza Gleide Bispo Santos, na 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude. “Verificamos a possibilidade de reintegração. Contudo, não sendo possível, fazemos os despachos que forem necessários, como encaminhamento ao médico, por exemplo”, contou a magistrada.

Em Várzea Grande, as audiências são realizadas no fórum pelo juiz Carlos José Rondon Luz, da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude do município. Até sexta, serão 26 audiências.  

Reintegração – O mutirão de audiências concentradas ocorre duas vezes por ano. Em maio de 2015, foram 459 audiências em Mato Grosso. Do total, 57 crianças e adolescentes foram reintegrados à família de origem, 27 reintegrados à família extensa e 16 encaminhados à família substituta. Os demais, 359, foram mantidos nas instituições de acolhimento.

A realização das audiências concentradas é uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), regulamentada pelo Provimento 32/2013 da Corregedoria Nacional de Justiça. Elas promovem reavaliação periódica da situação jurídica e psicossocial das crianças e adolescentes que estão em regime de acolhimento institucional e familiar em todo o país.

Fonte: CGJ-MT