O desembargador Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, coordenador estadual e nacional da Semana Nacional da Conciliação, acompanhado pelo conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Jorge Maurique, representando a Ministra Ellen Gracie Northfleet (presidente do CNJ) e pelos juízes Yhon Tostes, diretor do Foro da Comarca de Joinville, e Antônio Zoldão da Veiga, titular do Juizado Cível, comandaram a abertura dos mutirões em Santa Catarina. A solenidade, com início às 9h30min, aconteceu no Tribunal do Júri daquela comarca, e contou com a presença de magistrados, autoridades locais e servidores.
Promovida pelo CNJ, a Semana Nacional pela Conciliação (de 3 a 8/12) irá proporcionar audiências de conciliação em todo o país. Em Santa Catarina, 31 comarcas estarão envolvidas nos trabalhos, com cerca de 7 mil audiências agendadas. Só na comarca de Joinville mais de 1,1 mil processos já estão pautados, principalmente nas áreas do Juizado Especial.
O juiz Antônio Zoldão da Veiga disse ser esse o mecanismo que pode levar à paz social, uma vez que evita a amplitude dos conflitos. E, como conseqüência, deverá desafogar o Judiciário, "uma vez que a conciliação já se mostra como um instrumento eficaz para a resolução dos conflitos", disse o coordenador em Joinville.
Em breve palavras, o juiz federal Jorge Maurique enalteceu a Justiça catarinense e relembrou seu início como magistrado estadual. Enalteceu o trabalho realizado pelo desembargador Buzzi, um dos principais incentivadores do movimento pela conciliação a nível nacional. Conselheiro do CNJ, Maurique apresentou os dados do ano passado, quando, em todo o pais, no dia 8 de dezembro, foram realizadas mais de 80 mil audiências com índice de acordo em 60%, aproximadamente. "Para este ano serão mais de 230 mil ações", informa. "Falar em conciliação é buscar uma alteração de paradigma, uma vez que há na Justiça uma cultura de conflito, e precisamos mudar essa mentalidade", sintetiza Maurique.
Para o desembargador Gastaldi Buzzi, o movimento representa uma busca alternativa através de acordos não adversariais dos conflitos. O magistrado catarinense espera para esta semana uma participação superior à alcançada no ano passado. "Atingimos um índice de padrão europeu e isso mostra o quanto a conciliação pode ser o caminho", acrescentou. Segundo ele, a escolha de Joinville para a abertura do evento se deve ao empenho dos funcionários, magistrados, instituições de ensino, advogados e promotores, bem como ao reconhecimento a alguns profissionais que atuaram de maneira pioneira, antes mesmo que se começasse a falar de conciliação como forma de resolução de conflitos. Em todo o Estado, estarão em ação durante a Semana 60 magistrados e 50 promotores, auxiliados por mais de 150 servidores e colaboradores. Onze mil pessoas deverão ser atendidas nesses seis dias de conciliação.
(Assessoria de Comunicação Social do TJSC)
