Para tirar o maior proveito do aumento no número de plataformas tecnológicas disponíveis para geração e armazenamento de dados, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), lançou na terça-feira (30/11) uma série de cursos em Ciência de Dados para o Judiciário. As pessoas interessadas poderão estudar, gratuitamente e de forma on-line, sobre ferramentas como Python, machine learning e dashboards com o Power BI. As inscrições já estão abertas e as vagas são limitadas.
São oferecidos os seguintes cursos: Fundamentos de Estatística para Ciência de Dados (40 horas), Excel para Análise de Dados (40 horas), R para Análise de Dados (40 horas), Python para Análise de Dados (40 horas), Dashboards com o Power BI (16 horas), Dashboards e relatórios dinâmicos com o R (40 horas), Mineração de Textos (16 horas), e Aprendizado de máquina (machine learning) (40 horas). “Esse projeto é um salto significativo para o futuro e propiciará que o Judiciário entre de vez na era da tecnologia”, afirmou o secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ, Marcus Lívio Gomes, durante webinário de lançamento do curso.
A iniciativa integra o Programa Justiça 4.0, fruto de parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para desenvolver ações que auxiliem os tribunais no aprimoramento e na automatização dos registros processuais primários, e na consolidação, implantação, tutoria, treinamento, higienização de suas bases de dados. De acordo com a diretora do Departamento de Pesquisas Judiciais do CNJ, Gabriela Moreira de Azevedo, o treinamento vai capacitar os magistrados e servidores em ciências de dados, do básico ao avançado. “Isso permitirá que todos os tribunais tenham equipes técnicas capacitadas para analisar seus próprios dados e realizar diagnósticos locais, pois o CNJ não tem como ter essa capilaridade.”
“Estamos lidando com uma montanha de dados e informações e a ideia do CNJ foi de trazer ferramentas e capacitação para que os tribunais consigam, cada vez mais, trabalhar de maneira mais eficiente”, acrescentou a coordenadora do Departamento e juíza auxiliar da Presidência do CNJ Ana Aguiar.
Vagas limitadas
Cada turma será composta por 250 alunos. A mesma pessoa poderá cursar no máximo dois cursos, sendo um deles “Fundamentos de Estatística”, que fornece a base teórica para todos os cursos. Na inscrição, deve ser assinalada a ordem de prioridade. O CNJ irá distribuir as vagas considerando o tamanho do quadro funcional de cada órgão, além de outros critérios objetivos.
As aulas começarão no dia 31 de janeiro e cada curso terá 10 encontros, com duração média de três meses. A exceção é o de Fundamento de Estatísticas, que durará seis meses, com encontros quinzenais. As aulas serão preferencialmente pela manhã, gravadas e haverá plantão ao vivo para tirar dúvidas com docentes da UFPR.
Após a conclusão da série, haverá uma migração do conteúdo para a plataforma do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (CEAJud). Dessa forma, no caso de ausência de vagas, as pessoas interessadas poderão cursar posteriormente sem tutor e sem aulas síncronas.
Paula Andrade
Agência CNJ de Notícias
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