Inovação e eficiência: ministro Barroso anuncia prioridades em abertura do Ano Judiciário no CNJ

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Solenidade de posse de conselheiros e conselheiras do CNJ. FOTO: Rosinei Coutinho/Ag. CNJ
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Inovar, tornar a Justiça mais célere e acessível à população vulnerável e extinguir mais de 400 mil processos de execução fiscal que tramitam no país são as prioridades apresentadas pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, na abertura do Ano Judiciário de 2024 no CNJ. A cerimônia ocorreu na sede do órgão, em Brasília, nesta terça-feira (20/2), e incluiu a posse de quatro novas conselheiras e dois novos conselheiros do colegiado.

O ministro abriu a solenidade reafirmando que a Justiça atuará intensamente para promover maior celeridade e eficiência nas ações. Luís Roberto Barroso disse ainda que o Poder Judiciário já está agindo para encontrar soluções inovadoras e colaborativas que melhorem o sistema de Justiça.

Em relação às execuções fiscais, o ministro destacou a criação de um sistema que identificará as demandas que poderão ser extintas, desafogando o acervo dos tribunais. “A expectativa é de extinção de cerca de 400 mil processos”, anunciou Barroso, no discurso de abertura.

O ministro também citou o Mapa Nacional do Tribunal de Júri, ação voltada a dar resposta mais ágil aos crimes com maior gravidade e que permitirá a identificação pelos tribunais de gargalos específicos relacionados aos crimes dolosos contra a vida. “Com essa ferramenta, saberemos em que estágio os processos permanecem por maior tempo e, dessa forma, poderemos intensificar a atuação onde se faça necessário, atuando inclusive junto aos demais órgãos do sistema de Justiça, no sentido de colocar em prática estratégias para dinamizar a apuração e o julgamento dos processos de competência do júri”, disse.

Posse pública

Na solenidade repleta de convidados na sede do CNJ, o ministro Barroso também citou ações de caráter afirmativo e de aproximação com a sociedade, como as bolsas de estudo que permitem maior inclusão de pessoas negras e indígenas na magistratura, assim como ações voltadas à equidade de gênero. Para melhorar a interlocução da Justiça com a sociedade, o CNJ aposta no Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples, voltado a facilitar a compreensão das decisões.

Leia mais: Acordos do CNJ vão promover ingresso de pessoas negras e indígenas na magistratura

A cerimônia de posse dos novos integrantes reuniu presidentes dos tribunais superiores, autoridades públicas e políticas, chefes de Poder e membros do sistema de Justiça, além de convidados pessoais dos novos empossados e das novas empossadas. O mandato é de dois anos de exercício na função de controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário, bem como do cumprimento dos deveres funcionais de juízes e juízas.

Novos integrantes

Na vaga destinada ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), tomou posse o ministro Guilherme Caputo Bastos.

Indicados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também tomaram posse o desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), e a juíza Renata Gil de Alcântara Videira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

Pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram indicadas a desembargadora federal do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3), Mônica Autran Machado Nobre, e a juíza federal Daniela Pereira Madeira, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2).

Pela Câmara dos Deputados, tomou posse a advogada da União Daiane Nogueira de Lira.

Arte com fundo verde apresenta aplicação de foto da advogada Daiane Lira entre triângulos, com inclusão de trecho de sua fala na solenidade de sua posse no CNJ, desta forma: Como representante do Congresso Nacional quero contribuir para o Poder Judiciário com a essência e a importância do diálogo, com a construção do consenso e prezando pelo respeito à separação harmoniosa entre os poderes da República.

Os novos seis membros já haviam assinado o termo de posse durante a cerimônia administrativa ocorrida em 1.º de fevereiro. Nesse dia, a secretária-geral do CNJ, Adriana Cruz, fez a leitura do termo de posse dos novos membros.

O Plenário do CNJ possui 15 integrantes. Nove deles vêm da magistratura, indicados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST); duas vagas são de indicação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); duas do Ministério Público; uma da Câmara; e uma do Senado Federal.

Reveja a cerimônia de posse dos novos conselheiros e das novas conselheiras do CNJ:

Acesse as fotos da cerimônia
20/02/2024 Solenidade de posse de conselheiros e conselheiras do CNJ

 

Texto: Regina Bandeira e Luís Cláudio Cicci
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias

Macrodesafio - Aperfeiçoamento da gestão administrativa e da governança judiciária