O amor não causa dor, não causa medo, não deixa trauma ou dívidas. São mensagens assim que estão em campanha do governo federal, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), lançada no último domingo (7/3) para promover o combate à violência contra a mulher em todo o país.
A ação publicitária traz peças e vídeo e foram encaminhadas para os órgãos do Judiciário. O objetivo é chamar a atenção para as diversas violências físicas, psicológicas e patrimoniais sofridas por mulheres.
A iniciativa é resultado de um acordo entre o Ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos (MMFDH) e o CNJ para divulgação do Disque 100 e do Ligue 180 no Poder Judiciário. Os serviços gratuitos, que funcionam 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados, recebem denúncias de violações de direitos humanos e de violência contra a mulher, respectivamente.
A conselheira do CNJ, Tânia Regina Silva Reckziegel, destaca a importância da união no enfrentamento à violência. “Precisamos nos unir para enfrentar todas as formas de discriminação e violência. Contem conosco para que juntos possamos contribuir para uma sociedade mais justa e sem violência.”
Segundo o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Rodrigo Capez, a campanha ficou muito impactante. “Ela vai ao ponto. Em uma das peças está inscrito: não podemos julgar a vítima, quem tem que ser julgado é o réu, o agressor. A vítima precisa de acolhimento e empatia.”
Assista ao vídeo da campanha
Para a secretária nacional de Políticas para as Mulheres do MMFDH, Cristiane Britto, a campanha não poderia ser mais apropriada. “A Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres está trabalhando no Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio, que vem no sentindo de sensibilizar a sociedade sobre o que é o ciclo da violência.”
Parceria
A campanha com foco em mulheres em situação de violência é a primeira ação da cooperação entre CNJ e MMFDH. Ainda são previstas diversas ações e campanhas para outros grupos vulneráveis, como pessoas idosas, crianças e adolescentes e pessoas com deficiência.
O ouvidor nacional de Direitos Humanos, Fernando Ferreira, ressalta que a parceria dá uma capilaridade ainda maior para o Disque 100 e o Ligue 180. “Nós precisamos estar nos lugares em que as violações de direitos humanos acontecem. Os nossos canais de atendimento são uma política pública efetiva para atender os mais vulneráveis.”
Agência CNJ de Notícias