O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, defendeu a integração de todos os órgãos da justiça criminal no combate à violência. A declaração do ministro foi feita nesta sexta-feira (06/11) durante o encerramento do IV Mutirão Carcerário do Rio de Janeiro. “As deficiências de cada órgão interferem no resultado final dos processos”, disse o ministro. Segundo ele, “é possível fazer uma mudança radical em curto espaço de tempo, desde que sejam estabelecidas metas”.
Além de encerrar o mutirão carcerário no Rio de Janeiro, o presidente do Conselho lançou a segunda fase do Projeto Começar de Novo, que teve início no último domingo (1/11). A solenidade foi realizada no complexo penitenciário de Bangu, no Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, onde foram feitas a revisão dos processos, no maior mutirão carcerário já realizado no estado, abrangendo 22 unidades prisionais do complexo penitenciário de Bangu.
O projeto Começar de Novo, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça, visa promover a reinserção social de presos e egressos no mercado de trabalho. A estimativa inicial é de que, pelo menos, 300 vagas de trabalho sejam criadas. Apos assinar os convênios, o ministro lembrou que “só se combate a reincidência pela reinserção social”.
Nesse trabalho vão participar a Itaipu Binacional, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Fundação Santa Cabrini, a Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno (Adhonep), Light Serviços de Eletricidade S.A e a Aloés&Aloés Indústria e Comércio, que ficarão responsáveis pela capacitação profissional e o oferecimento de vagas para os presos e egressos do sistema prisional.
Além do coordenador nacional dos mutirões carcerários do CNJ, juiz Erivaldo Ribeiro, também participaram do evento no Rio, o secretário geral do CNJ, Rubens Curado e o conselheiro Nelson Tomaz Braga.
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Agência CNJ de Notícias