Fux conclama solidariedade e ação diante de tragédia em Petrópolis (RJ)

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Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana fluminense. Foto: Tania Rego/Agência Brasil
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O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, se solidarizou com as vítimas da tragédia ocorrida em Petrópolis, cidade da região serrana do Rio de Janeiro que já contabiliza mais de 100 mortos em decorrência das fortes chuvas e dos desabamentos e enchentes causados pelos transbordamentos dos rios. Nesta quinta-feira (17/2), Fux afirmou que o CNJ, por meio do Observatório de Direitos Humanos do Poder Judiciário, monitorará as questões jurídicas e institucionais que envolvem a preservação dos direitos fundamentais das comunidades atingidas.

O CNJ também apoia a campanha realizada pela Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), que abriu canais para que toda a população brasileira possa manifestar sua solidariedade neste momento. “Não são apenas números. Pais perderam os seus filhos, filhos se tornaram órfãos, idosos não conseguiram se evadir a tempo. É impossível não se emocionar com os relatos de quem cavou a lama com as próprias mãos em busca de seus entes queridos que se encontram desaparecidos. Centenas de famílias perderam as suas casas e os seus bens. Não será fácil a reconstrução da cidade.”

O ministro comentou parte do artigo escrito pela psicanalista Betty Fuks, em que cita a obra “É isto um homem?”, do italiano Primo Levi, publicada em 1947, com relatos pessoais de seu sofrimento em um campo de concentração nazista. “Gravem essas cenas em seus corações, estando em casa, andando na rua, ao se deitar, ao se levantar; transmitam-nas aos seus filhos. Porque a crueldade é sem fim e nossas pulsões são o que são. Não deixem que a indiferença tome conta de seus lares. Digam não à barbárie, antes que seja tarde.”

Falando em nome do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, o ministro manifestou sinceros sentimentos às famílias atingidas e agradeceu o trabalho do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e de todas as demais instituições públicas e privadas “que têm trabalhado incansavelmente nas buscas por desaparecidos e no conforto às famílias sobreviventes. Que a nossa esperança não se apague neste momento trágico. É tempo de solidariedade e de ação”.

Como doar

A campanha SOS Petrópolis, da Amaerj, da Escola de Magistratura (Emerj), da Associação Beneficente dos Amigos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (Abaterj) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), está recebendo doações nos fóruns da capital fluminense (portarias 3,4 e 5 do Palácio da Justiça), nos fóruns do interior, nas sedes da Emerj e da Abaterj.

Toda ajuda é bem-vinda. É possível colaborar com envio de água mineral, alimentos não perecíveis (de preferência, aqueles que não precisam de cozimento) e produtos de higiene, além de colchonetes e cobertores.

As doações em dinheiro são aceitas nas seguintes contas disponibilizadas pela Amaerj:

Banco Itaú: AG: 6002 C/C: 07264-0
Banco Bradesco: AG 6246 C/C: 3030-9
PIX CNPJ Amaerj: 40.422.305/0001-06

Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícias

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