Na semana passada, a coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, juíza Helena Alice Machado Coelho, e o juiz Francisco Soliman, da comarca de Costa Rica (MS), por videoconferência, reuniram-se com diversas autoridades locais para alinhar a implantação da campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica no município.
O prefeito Waldeli dos Santos Rosa assinou o termo de adesão e, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, todas as farmácias da Estratégia de Saúde da Família (ESF) passaram a integram a campanha. Na terça-feira (14/7), o chefe do Executivo participou de reunião com a secretária municipal de Saúde e farmacêuticos para apresentar a campanha. Nos próximos dias, a prefeitura deve disponibilizar uma equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social para apresentar a campanha nas farmácias particulares da cidade.
Com isso, Costa Rica efetivamente entra para a lista de municípios sul-matogrossenses que estão divulgando a campanha e ajudando mulheres vítimas de violência doméstica que não conseguem quebrar o ciclo da violência e, em razão do isolamento social, estão sendo obrigadas a conviver por mais tempo em seus lares com os agressores.
Campanha
A campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica foi criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em parceria com os tribunais de justiça, associações, além de outros órgãos públicos e privados do país. Segundo a juíza coordenadora estadual da Mulher do TJMS, Helena Alice Machado Coelho, a iniciativa surgiu na Índia e a juíza Renata Gil, da AMB, juntamente com o CNJ, replicaram esta ideia no Brasil. A campanha é muito simples, basta que a vítima se dirija até uma farmácia e mostre ao atendente o “X” vermelho na palma da mão para que a farmácia acione o 190.
Uma proposta simples que está registrando grande adesão dos municípios, sobretudo das cidades onde a rede municipal de apoio tem feito este contato pessoal com as farmácias. Nessa primeira fase, lembra a juíza Helena, a campanha está sendo realizada apenas dentro das farmácias, existindo a possibilidade futuramente de se estender a iniciativa para os entregadores de medicamentos, contudo, a juíza reforça que, neste momento, a vítima deve se dirigir até a farmácia e mostrar o X vermelho para obter ajuda.
Fonte: TJMS