“Fala Marajó” explica caráter da Ação para Meninas e Mulheres na região

Você está visualizando atualmente “Fala Marajó” explica caráter da Ação para Meninas e Mulheres na região
Foto: Érika Miranda/TJPA
Compartilhe

Uma ideia surgida durante uma oficina do Laboratório de Inovação Pai D’Égua do Tribunal de Justiça do Pará ganhou corpo e resultou no podcast Fala Marajó, que discute e busca soluções para os principais problemas daquela região, sobretudo o mais grave deles: a violência de gênero contra meninas e mulheres da região.

Idealizado pelo juiz Thiago Fernandes Estevam dos Santos e pela juíza Miriam Zampier, da comarca de Portel, o Fala Marajó está no ar na Web Rádio Jus (webradiojus.com.br).

“Esse podcast nasceu de uma necessidade identificada pela rede de proteção às crianças, adolescentes e mulheres do Marajó, durante uma oficina promovida pelo Laboratório de Inovação Pai D’égua do Tribunal de Justiça do Pará. Durante as discussões, ficou claro que uma das maiores dificuldades é garantir que a população do Marajó conheça seus direitos e entenda como funciona a rede de proteção em casos de violência e violações”, observa o juiz Thiago Fernandes.

Ele explica que o Fala Marajó trará informações de forma acessível e prática, para que todos saibam como buscar ajuda e exercer seus direitos.

“Queremos que cada moradora do arquipélago conheça os serviços disponíveis e saiba como funcionam, especialmente nos momentos de maior aperreio”, diz ele.

O podcast ouvirá especialistas e, o mais importante, esclarecerá dúvidas, para que a sociedade civil do arquipélago possa construir junto com as instituições governamentais uma comunidade mais forte e protegida.

O primeiro episódio, que já está no ar, explica a Ação para Meninas e Mulheres no Marajó, uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Pará em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para proteger meninas e mulheres da região.

Entrevistas

Entre as convidadas, está a juíza auxiliar do CNJ, Luciana Costa, titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no Distrito Federal, designada pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ, para auxiliar no acompanhamento e no monitoramento da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Ela atua fortemente para aperfeiçoar as políticas públicas de proteção aos direitos humanos de meninas e mulheres.

Renata Gil é Conselheira do CNJ e juíza de direito no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro há 26 anos. Ela foi presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, a maior entidade representativa da magistratura no mundo, e criou campanhas que se tornaram políticas públicas, como a campanha do Sinal Vermelho, que denuncia a violência contra a mulher com o X vermelho na palma da mão.

A desembargadora do TJPA desde 2007, Maria de Nazaré Saavedra Guimarães, está à frente da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar — a Cevid do TJPA —, além da presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos, e do desembargador Leonardo de Noronha Tavares, coordenador dos Juizados Especiais e da Agenda de Itinerância do TJPA.

“O conhecimento de seus direitos e da forma como se estrutura a rede de proteção, por parte da sociedade, é seguramente uma forma de reforçar a prevenção a delitos e combatê-los com maior efetividade. Nesse sentido, a ideia do podcast “Fala, Marajó” foi gerada como forma de levar informação à sociedade civil, a partir de entrevistas com profissionais da rede de proteção e também acesso aos ouvintes, para esclarecerem dúvidas a respeito de seus direitos”, argumenta o magistrado Thiago Fernandes.

Fonte: TJPA

Macrodesafio - Garantia dos direitos fundamentais

Macrodesafio - Aperfeiçoamento da gestão administrativa e da governança judiciária