Evento celebra uma década da Justiça Restaurativa no Judiciário Paranaense

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Foto: Ascom TJPR
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A Justiça Restaurativa (JR) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram tema de um encontro promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) encerrado nesta sexta-feira (5/7). O evento celebrou uma década de conquistas e aprendizados da Justiça Restaurativa no Judiciário paranaense.

O conselheiro Alexandre Teixeira Cunha, coordenador do Comitê de Justiça Restaurativa do Conselho Nacional de Justiça participou da abertura do evento – Foto: Ascom TJPR

“Este momento reflete o nosso compromisso contínuo em construir um sistema por meio de uma cultura de resolução de conflitos”, afirmou o presidente do TJPR, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen.

“Encontros como este constituem uma oportunidade preciosa para a reflexão sobre os avanços e os desafios ainda presentes na implementação da JR”, destacou o coordenador do Comitê de Justiça Restaurativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conselheiro Alexandre Teixeira Cunha.

Promovido por meio da 2ª Vice-Presidência, a conferência contou com o apoio do CNJ, da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), da Escola Judicial do Paraná (Ejud-PR) e do Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do TJPR (TJPRlab).

Durante a solenidade de abertura, o 2º vice-presidente do TJPR, desembargador Fernando Prazeres, lembrou que os ODS refletem um compromisso dos Estados membros da ONU com um futuro melhor que promova o desenvolvimento das nações, com respeito à dignidade da pessoa humana e com o meio-ambiente saudável. Por outro lado, a Justiça Restaurativa busca a pacificação das relações sociais, proporcionando um diálogo franco no sentido de compreensão das causas dos conflitos. “Nosso desafio é mostrar com a JR pode colaborar para a efetivação dos Objetivos. Tenho certeza de que este evento atingirá esse objetivo”, afirmou.

O encontro no TJPR celebrou uma década de transformação e construção de uma cultura de paz no âmbito judiciário estadual paranaense. Desde a criação da Comissão de Justiça Restaurativa em 2014, magistradas, magistrados, servidoras e servidores foram capacitados e diversos projetos foram realizados, promovendo práticas restaurativas em todo o estado.

“Parabéns ao Tribunal de Justiça pela iniciativa. Em um momento de intransigência e polarização, a Justiça paranaense se preocupa com a cultura da paz, em estudar e desenvolver métodos para a melhor resolução de conflitos e problemas da sociedade brasileira”, afirmou o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Frederico Mendes Júnior.

A palestra magna de abertura foi conduzida pela professora Diana Cristina Sosa, que abordou “A Justiça Restaurativa e os ODS: 3 fórmulas, 3 formas e 3 dimensões”. “Que interessante pensar juntos esses dois temas. Os dois trazem ideias novas, proativas e criativas para solucionar os problemas da humanidade”, afirmou a professora.

Homenagem 

Durante a cerimônia, a 2ª Vice-Presidência prestou uma homenagem ao presidente do TJPR. O chefe do Judiciário recebeu uma placa entregue pelo desembargador Roberto Portugal Bacellar, presidente da Comissão da Mediação Judicial e da Justiça Restaurativa do TJPR e membro do Comitê Gestor de Justiça Restaurativa do CNJ.

“É uma homenagem pela sua liderança e ações transformadoras da Justiça Restaurativa, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e coesa”, afirmou Bacellar.

Conscientização

A Justiça Restaurativa, instituída no Poder Judiciário pela Resolução CNJ n. 458/2022, é um conjunto ordenado e sistêmico de princípios, métodos, técnicas e atividades próprias, que visa à conscientização sobre os fatores relacionais, institucionais e sociais motivadores de conflitos e violência e por meio do qual os conflitos que geram dano, concreto ou abstrato, são solucionados. A iniciativa se difere da Justiça punitiva e retributiva e tem como pauta a escuta de todas as pessoas envolvidas em conflitos.

No âmbito da Justiça, ela busca, quando possível e apropriado, realizar o encontro entre vítima e ofensor, assim como eventuais terceiros envolvidos no crime ou no resultado dele. Um dos objetivos é fazer que a vítima possa superar o trauma que sofreu. A técnica é aplicada em infrações de menor e maior potencial ofensivo.

Agência CNJ de Notícias, com informações do TJPR

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