Com humor, leveza e muita informação, as redes sociais levaram ao público, no período do Carnaval, dicas indispensáveis para aqueles que foram curtir a folia dentro ou fora de casa. Os perfis do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nas redes difundiram ações e princípios que não poderiam faltar durante a festa com a campanha #BlocodoRespeito.
No Instagram, que concentrou a maior parte das ações, a campanha alcançou cerca de 2,5 milhões de pessoas, em menos de 15 dias. Ao todo foram mais de 70 parceiros, entre artistas, órgãos dos três Poderes, escola de samba, imprensa e time de futebol. A participação voluntária de todos os parceiros aumentou a abrangência da campanha pelo país.
A campanha foi desenvolvida para conscientizar e prevenir o cidadão sobre situações de assédio e outras violências. Nas palavras do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, o objetivo da ação é reduzir as estatísticas de estupros, assédios e violências de toda a natureza que em nada representam a festa do Carnaval. “Respeito é a base de tudo. Respeito pelas ideais, mesmo que divergentes, e principalmente, respeito pelo próximo independentemente da origem, do gênero ou orientação sexual”, lembrou.
As informações disponibilizadas ao público nos dias da campanha trouxeram orientações que serão úteis não apenas para o período carnavalesco. Entre as dicas, está a Lei 14.786/2023, que protege mulheres do assédio e institui o protocolo #NãoéNão. É direito das mulheres, no carnaval e em todos os dias do ano, ser prontamente protegida, nos estabelecimentos onde estiver, em situações que envolvam constrangimento e violência.
Campanha em números
Desde que foi lançado no dia 3 de fevereiro, o #BlocodoRespeito contou com 27 publicações no Instagram do CNJ cujo alcance se aproximou dos 2,5 milhões de contas da plataforma. Os compartilhamentos ultrapassaram os 24 mil, totalizando 120 mil interações do conteúdo publicado, entre curtidas, comentários e salvamentos.
O #BlocodoRespeito foi reforçado ainda com importantes collabs, recurso que permite o compartilhamento duplo da postagem sendo visível para os seguidores de todos os autores. Participaram da campanha em collabs, o Supremo Tribunal Federal (STF), o Senado Federal, Câmara dos Deputados, o Ministério Público do Trabalho e a Prefeitura de Salvador. No Poder Judiciário, a ação do CNJ teve o apoio dos Tribunais Estaduais de Justiça, dos Regionais do Trabalho, Regionais Federais, Eleitorais e das corregedorias de justiça.
A cantora Daniela Mercury, embaixadora do Observatório de Direitos Humanos do CNJ, abraçou a campanha e fez um convite aos foliões para aderirem ao #BlocodoRespeito. Além disso, a Rainha do Axé lembrou o caráter democrático do carnaval e enfatizou canais de denúncias como o Central de Atendimento à Mulher (180) e o da Polícia Militar (190). “Respeito, diversidade e inclusão. Esse é o Brasil. Com esse trio a diversão do carnaval está garantida”, disse.
Outros artistas como o DJ Alok – que também é integrante do Observatório de Direitos Humanos do CNJ -, Bell Marques e Luíza Brunet fizeram parte do time da campanha de conscientização do CNJ. A escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, que há 68 anos se destaca nos desfiles da Sapucaí, e o Santos Futebol Clube adotaram o #BlocodoRespeito em suas redes durante a folia. A Rede Globo de Televisão fez inserções da propaganda em sua programação.
Ao longo da campanha, que durou duas semanas, o CNJ se uniu ao Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran/DF) para a realização de blitzes de conscientização e prevenção contra situações de assédio e violência no trânsito. Com ações educativas, CNJ e Detran enfatizaram a importância do respeito e deram esclarecimentos sobre os riscos da embriaguez no trânsito. Cada blitz abordou uma média de 150 carros, para os quais foram distribuídos adesivos, abanadores e viseiras da campanha.
Texto: Ana Moura
Edição: Beatriz Borges
Agência CNJ de Notícias