O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Poder Judiciário do Tocantins realizou na sexta-feira (26/8) o I Encontro dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos (Cejuscs), no auditório do Tribunal de Justiça de Tocantins (TJTO). Segundo a coordenadora do Nupemec Tocantins, juíza Umbelina Lopes Pereira, o encontro surgiu da necessidade de padronizar rotinas, o que contribuirá para o aperfeiçoamento de magistrados e conciliadores.
“O Tocantins está construindo um novo modelo de Justiça em busca da pacificação da sociedade”, observou Umbelina. Além da coordenadora do Nupemec, a abertura do evento contou com as presenças do presidente do TJTO, desembargador Ronaldo Eurípedes, da ouvidora judiciária e presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargadora Ângela Prudente, além dos juízes coordenadores de Cejuscs no estado, conciliadores e mediadores judiciais.
O presidente Ronaldo Eurípedes lembrou que o Judiciário tocantinense é pioneiro na adoção de Centros Judiciais de Soluções de Conflitos, com três centros implantados na gestão da desembargadora Ângela Prudente — em Palmas, Araguaína e Gurupi. “O Brasil mudou”, disse o desembargador. “Este é o momento de fazermos a mudança cultural necessária. Não temos outro caminho para seguir a não ser abraçar a cultura da conciliação e principalmente o pré-processual. A sociedade espera muito de nós e se trabalharmos com essa visão, com esse modelo que a gente quer implantar, entregaremos para a sociedade aquilo que ela deseja verdadeiramente, que, a rigor, é a paz social”, afirmou.
Cooperação – Durante o encontro o presidente do TJTO celebrou acordo de cooperação com a Universidade do Tocantins (Unitins), representado pela reitora Elizângela Glória Cardoso, o Instituto de Ensino e Pesquisa Objetivo (Iepo), representado pelo seu diretor Ronaldo Roberto Filho, e com o Centro Universitário Unirg, representado pela professora Verônica Silva Prado Disconzi, coordenadora de práticas Jurídicas da entidade. O objetivo do acordo é a realização de um curso de extensão e formação de conciliadores e mediadores judiciais, estágio nos Centros Judiciais de Solução de Conflitos (Cejusc), e círculo de justiça restaurativa, que propiciará ao aluno o desenvolvimento de atividades práticas relativas à sua área de formação, possibilitando o conhecimento técnico e intelectual, contemplando a possibilidade de instalação de um Cejusc em cada unidade educacional.
Trouxeram suas experiências para relatar e discutir com os participantes do encontro a juíza Vanessa Aufiero da Rocha, titular da 2ª Vara da Família e Sucessões da Comarca de São Vicente (SP); o juiz-coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) Paulo César Alves das Neves; e Juliana Loss de Andrade, professora de Negociação, Mediação e Arbitragem do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais e coordenadora técnica do Núcleo de Mediação da Fundação Getúlio Vargas.
Fonte: TJTO