Encontro Nacional aponta necessidade de integração na comunicação do Poder Judiciário

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Profissionais e servidores públicos que atuam nas Secretarias e Assessorias de Comunicação dos tribunais brasileiros estão reunidos nesta terça e quarta-feira (19 e 20/8), em Brasília, para debaterem os desafios da área no II Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No primeiro dia do evento, todas as palestras apontaram para um só caminho: a necessidade de aproximação entre os departamentos de comunicação dos tribunais brasileiros.

Na avaliação do especialista em Comunicação no Poder Judiciário, Marcone Gonçalves, a solução estaria na efetiva aplicação da Resolução CNJ n. 85, que preconiza a Comunicação como eixo prioritário na gestão de um tribunal. Gonçalves proferiu a palestra “Integração dos Órgãos de Comunicação dos Tribunais: Boas Práticas, Projetos Básicos, Estrutura Adequada, Campanhas Conjuntas”.

O coordenador de Imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Felipe Neves, informou que o STF e o CNJ estão em processo de transição e que uma das prioridades da nova gestão é a melhoria na comunicação entre os tribunais e aperfeiçoamento dos canais de comunicação com o cidadão. O novo coordenador da TV Justiça, Paulo Echebarria, falou sobre as possibilidades de parceria com os Tribunais de Justiça dos estados para ampliação do alcance da emissora e maior difusão de informações do Poder Judiciário.

“O CNJ como Difusor de Boas Práticas do Judiciário Brasileiro” foi a palestra proferida pela editora da Coordenadoria de Imprensa do CNJ, Mariana Braga. O Conselho tem a média de citação em 5.500 notícias por mês (entre veículos de TV, rádio, impresso e web) e, em 97% dos casos, as citações são positivas, segundo a jornalista, resultado de uma reputação construída ao longo da trajetória do órgão junto à imprensa nacional. “Nosso objetivo é que, cada vez mais, os tribunais estejam conosco participando desse leque de notícias que disparamos pela Agência CNJ de Notícias, seja nos fornecendo personagens, dados ou nos ajudando em pautas compartilhadas”, explicou a editora.

A estrutura de comunicação montada para este ano eleitoral foi apresentada pela assessora-chefe de Comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Juliana Neiva, que expôs toda a diversidade de campanhas institucionais que o TSE está preparando para veicular até as eleições.

Ainda nesta terça-feira, o II Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário teve a participação do professor do Uniceub e do IESB, José Forni, que expôs sobre Gestão de Crises; das jornalistas Rejane Neves e Geysa Bigonha, que apresentaram as campanhas institucionais do CNJ; e da assessora de Comunicação do Superior Tribunal Militar, Julianna Naves, que apresentou o novo projeto de comunicação digital da Justiça Militar.

Redes Sociais

Nesta quarta-feira (19/8), o Encontro será dedicado às mídias digitais, com a realização do II Workshop de Redes Sociais do Poder Judiciário. Profissionais de agências de comunicação e que já atuam na administração de perfis de órgãos públicos vão apresentar cases exitosos e explicar os detalhes de funcionamento dessas redes. “Redes Sociais: Obrigação ou Tendência?”, “Quais Esforços Valem a Pena em Redes Sociais”, “Como Construir Linha Editorial para Redes Sociais” e “Webwriting e Jornalismo em Tempo Real” estão entre os temas de palestras do workshop.

Entre instituições do Poder Público, o CNJ é referência mundial na utilização de redes sociais. O engajamento (compartilhamentos, comentários e curtidas) da página do Conselho no Facebook, por exemplo, supera os números alcançados por páginas institucionais mundiais, como Israel Defenses Forces, United States Marine Corps e The White House. Atualmente, a página possui cerca de 853 mil curtidas.

Waleiska Fernandes
Agência CNJ de Notícias