Encontro em Curitiba discute atuação das ouvidorias da Justiça do Trabalho

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Quarta, 24 de Setembro de 2008
 

O I Encontro Nacional das Ouvidorias da Justiça do Trabalho ocorre nesta quinta e sexta-feira (25 e 26/09) em Curitiba. O evento será no auditório da Escola de Administração Judiciária do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), a partir das 9h. “A Ouvidoria assume um papel estratégico, pois é um canal importante de comunicação entre o cidadão e o poder público. Por isso, a importância de discutirmos formas de fortalecermos e ampliarmos cada vez mais esse canal, de modo a melhorar o serviço prestado ao cidadão”, explica o ouvidor-geral do TRT PR, Luiz Eduardo Gunther.

A abertura do evento contará com as presenças da presidente do TRT PR, desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista, do ouvidor-geral do TRT e vice-presidente, desembargador Luiz Eduardo Gunther, e da ouvidora-geral da União, Eliana Pinto, que vai falar sobre o “Diagnóstico das ouvidorias públicas no Brasil”.

A Ouvidoria do TRT PR registrou, até o momento, 1.256 atendimentos, ante 798 no ano passado. “A Ouvidoria da Justiça ganha cada vez mais espaço e isso é sinal de cidadania, onde as pessoas estão buscando informações e reivindicando seus direitos, o que acaba por contribuir com a melhoria do serviço prestado”, diz o ouvidor do TRT.

Para o presidente da Associação Brasileira de Ouvidores / Ombudsman (ABO), João Elias de Oliveira, que também participa do evento com a palestra “As ouvidorias judiciárias e o projeto de lei que regulamenta as atividades dos ouvidores”, os cidadãos começaram a compreender o papel da ouvidoria pública. Porém, reconhece que a ouvidoria pública ainda precisa ganhar o mesmo espaço que as empresas privadas conquistaram com os serviços de atendimento ao consumidor. “O grande marco da ouvidoria foi a criação do Código de Defesa do Consumidor. A partir daí, criou-se a “cultura da reclamação”, instituindo sistemas como Procon, Idec. E, hoje, as pessoas reclamam mesmo, se algo está errado. Porém, reclamar de produto é mais simples que o cidadão reclamar de direitos, como no caso dos órgãos públicos”, pondera.

O presidente da ABO enfatiza que a Ouvidoria Pública é o importante canal para a prática da cidadania e a forma eficaz de acesso ao poder público. “Reclamando, as pessoas aprendem a ter participação efetiva e o poder público a oferecer um serviço eficiente”, diz.

No encontro, também estão previstos painéis de discussões sobre a ouvidoria no judiciário trabalhista e também a palestra “A ouvidoria como mediadora de conflitos”, pela psicóloga Eliane Ribert Nazareth. O encontro, que tem a participação de ouvidores dos regionais trabalhistas do Brasil, termina com a elaboração da Carta de Curitiba, em que serão levantadas propostas consideradas relevantes para as ouvidorias no âmbito da Justiça do Trabalho, com vistas ao aperfeiçoamento da estrutura organizacional e à melhoria contínua dos serviços prestados à população.

Fonte: Assessoria de Comunicação do TRT 9ª Região (Paraná)