Em Santa Catarina, Projeto Florescer oferece acolhimento a vítimas de violência doméstica

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Foto: Arquivo CNJ
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Iniciativa dedicada ao acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica, o projeto Florescer proporciona um espaço seguro para reflexão, escuta, fortalecimento, apoio e superação. Desenvolvido pelo Juizado Especial Criminal e da Violência Doméstica da comarca de Blumenau, em parceria com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Blumenau e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Semudes), a ação promove encontros mensais com as vítimas envolvidas em processos criminais ou medidas protetivas de urgência.

O projeto Florescer foi inicialmente apresentado a várias instituições atuantes na comarca de Blumenau, como o Ministério Público, a Polícia Civil, a Polícia Militar, o projeto OAB por Elas e a Procuradoria da Mulher de Blumenau, entre outros atores da área. Todos foram ouvidos e puderam contribuir com sugestões e ideias, em uma demonstração de apoio à iniciativa.

Os encontros são realizados regularmente na sede do Cejusc e abordam temas como autoestima, confiança, saúde, escolarização, profissionalização, administração financeira e empreendedorismo. A essência do projeto Florescer está na crença na força inerente a cada mulher, com o objetivo de despertar a consciência das participantes, ajudando-as a reconhecer seu poder de superação e a promover o respeito e o amor-próprio.

No primeiro semestre deste ano foram realizados quatro encontros, com a juíza Quitéria Tamanini Vieira Péres e a psicóloga Sheila Fagundes Isleb no papel de facilitadoras. Considerada a adesão das vítimas e a demanda por horários alternativos, a partir do mês de julho serão oferecidas duas datas mensais, uma delas para encontros na modalidade virtual, a fim de facilitar o acesso de quem trabalha no horário comercial e com o objetivo de alcançar mais vítimas.

O intuito é oferecer às vítimas uma perspectiva mais confiante e positiva para o futuro. No entanto, os encontros já revelaram que um dos principais problemas está ligado à dependência financeira. Portanto, os responsáveis pelo projeto trabalham desde já para formar novas parcerias que ofereçam escolarização e profissionalização, de forma a promover as condições necessárias para que as mulheres interessadas possam se reinserir no mercado de trabalho.

Para o juiz Rubens Ribeiro da Silva Neto, titular do Juizado Especial Criminal e da Violência Doméstica da comarca de Blumenau, o projeto Florescer é uma excelente ferramenta no enfrentamento da violência doméstica ao complementar as demais políticas públicas já existentes. O magistrado expressa seu reconhecimento e agradece a parceria da juíza Quitéria Tamanini Péres, coordenadora do Cejusc, e de Patrícia Morastoni Sasse, secretária da Semudes, pelo envolvimento e dedicação. O apreço se estende a todos que contribuem para o projeto.

A juíza Quitéria Tamanini Péres expressou sua satisfação em colaborar neste importante projeto. “A violência praticada contra uma mulher atinge a todas, e por isso a força de cada uma fortalece a todas também”, teorizou. Com o objetivo de ampliar o alcance dessa conscientização, o projeto recentemente criou um perfil no Instagram (@projetoflorescer_mulher). Essa iniciativa visa oferecer conteúdo educativo, construtivo e edificante às mulheres, especialmente àquelas que passam pelo sistema de justiça, e descortina um cenário diferente, onde a convivência respeitosa substitui a violência.

Fonte: TJSC

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