As juízas da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Alagoas, Eliana Machado e Luana Cavalcante, dialogaram com funcionários, médicos legistas, peritos odonto legais e os técnicos forenses do Instituto Médico Legal (IML) sobre atendimento humanizado a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
As magistradas abordaram sobre as formas de confecção dos laudos de forma técnica, realização de perícias sem estereótipos de gênero; atendimento humanizado com perspectiva de gênero e interseccionalidades pelos funcionários.
A coordenadora da Mulher do TJAL, Eliana Machado, falou que o diálogo foi muito proveitoso, os participantes foram extremamente receptivos, com manifestações, trocas de ideias no aprimoramento do atendimento e dificuldades estruturais.
Ela explicou que o IML faz parte da rede de proteção à mulher nos eixos de combate e de garantias de direitos e tem um papel essencial na produção de prova pericial.
“É certo que, quando a mulher ali aporta, já é como vítima de um crime, sendo necessário um atendimento de forma a garantir que ela não será revitimizada e que serão garantidos a ela todos os direitos inerentes ao ser humano, sob as lentes de gênero e suas peculiaridades”, acrescentou.
O diretor do IML, Felipe Porciúncula, destacou que é importante ter essa aproximação maior com o Tribunal de Justiça e que juntos, podem colaborar para que as mulheres sejam atendidas de forma humanizada, sem revitimização.
“As juízas reforçaram a importância de respeitar o histórico de cada mulher e acolhê-las sem julgamentos. Uma janela também se abriu para enviarmos nossos funcionários para capacitações no TJ sobre essa temática e essa parceria é muito importante para nós. No fim das contas, quem ganha é a população que será melhor atendida e assistida. Essa é nossa prioridade”, pontuou.