Ellen Gracie fala em videoconferência com tribunais de vários estados

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A ministra Ellen Gracie participou, nesta sexta-feira (8), da abertura do Movimento Nacional pela Conciliação, proposto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo de buscar soluções para disputas judiciais por meio de acordos feitos pelas próprias partes.

A abertura aconteceu na sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e foi transmitida por videoconferência para todo o Brasil. Presidentes de unidades do Poder Judiciário estadual, federal e do trabalho em diversos estados brasileiros falaram ao vivo com a ministra sobre os casos de conciliação alcançados e sobre a expectativa de realização de milhares de conciliações agendadas para o dia.

Em Santa Catarina, o desembargador Pedro Manoel Abreu, presidente do TJSC, falou direto do ginásio Gabriel Golares, na cidade de Itajaí, onde 1200 audiências foram agendadas para o Dia da Conciliação. Centenas de pessoas compareceram para entrar em acordo e resolver questões para evitar que o caso se prolongue na Justiça.

O desembargador José Guilherme, do TJRJ, participou da videoconferência diretamente de uma audiência de conciliação em que foi feito um acordo entre uma cliente e uma administradora de cartão de crédito. O acordo faz parte do aumento nas estatísticas no índice de conciliações que, segundo o juiz, triplicou de 30% para 60%.

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi falou de Salvador, ao lado do presidente do Tribunal de Justiça do estado, Benito Alcântara de Figueiredo, e elogiou a iniciativa do movimento. Os juízes falaram de um shopping onde o andar inteiro foi ocupado pela justiça da Bahia e centenas de pessoas aguardavam sua vez para negociarem acordos.

A ministra Ellen Gracie ressaltou que é muito importante “criar uma cultura de paz, de aproximação e de resolução pacífica das controvérsias”. Destacou que um dos segredos para que a conciliação alcance bons resultados é que os "conciliadores sejam muito bem preparados, ou seja, que eles não atuem como juízes. Eles são meros intermediários entre as partes e são as partes que constroem a solução".

Também participaram da videoconferência representantes das seguintes Cortes: Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, Tribunal de Justiça de São Paulo, 6ª Vara Federal de Alagoas, Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina.