No encerramento da I Jornada Justiça e Equidade Racial, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Superior Tribunal Militar (STM) exibirão documentários relacionados à temática na próxima terça-feira (28/11). Após as exibições, os órgãos promoverão debates entre o público e os cineastas.
O filme “Rio, Negro”, idealizado por Fernando Sousa e Gabriel Barbosa, será exibido pelo CNJ, a partir das 17h30, em seu auditório. O documentário conta a história e o legado da população africana e afro-brasileira durante a construção da cidade do Rio de Janeiro, de sua cultura e do modo de vida da população local.
Os cineastas participarão da sessão e do debate entre conselheiros e conselheiras, magistrados e magistradas, servidores e servidoras e o público externo participante. Para garantir a presença, é preciso fazer a inscrição no Portal do CNJ.
Já o “Cine Debate” do STM acontecerá às 15h do mesmo dia 28/11, com a apresentação do filme “Benevolentes”, dirigido pelo cineasta brasiliense Thiago Nunes. O filme retrata o racismo nas regiões administrativas do Distrito Federal, por meio de relatos de brasilienses negros que lidam diariamente com a questão. A obra foi vencedora do Troféu Candango de melhor curta, eleito pelo júri oficial da Mostra de Brasília de Curtas, em 2021.
Nos mesmos moldes da exibição no CNJ, o STM promoverá um debate com a participação do cineasta; do presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/DF, Beethoven Andrade – que é um dos personagens do documentário –; e de sua vice, Patrícia Campos. O debate será mediado pela presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual e Discriminação da Justiça Militar da União (COMPREV), a juíza federal da JMU Mariana Queiroz Aquino. O STM disponibilizou 300 vagas para participar do evento, sendo 150 delas presenciais e 150 em modo on-line pela plataforma Zoom. Para se inscrever, é preciso preencher o formulário eletrônico.
Jornada
A 1.ª edição da Jornada Justiça e Equidade Racial, realizada entre 13 e 28 de novembro, foi uma realização conjunta do CNJ e dos cinco tribunais superiores brasileiros. Voltada a magistrados, intelectuais, empreendedores, jornalistas, políticos e artistas, a programação discutiu os desafios e as alternativas para conquistar a equidade racial na Justiça e na sociedade.
Com o tema “Valorizando raízes, transformando futuros”, o evento promoveu os objetivos do Pacto do Poder Judiciário pela Equidade Racial, lançado há um ano pelo CNJ, e que já obteve a adesão de todos os tribunais do país. A expectativa é que a programação variada tenha contribuído com a elaboração de medidas que possam ampliar o acesso de pessoas negras à Justiça, com o combate ao racismo estrutural e institucional, e com o aumento de sua representatividade nos quadros funcionais do Judiciário.
Texto: Lenir Camimura
Edição: Jônathas Seixas
Agência CNJ de Notícias
