Direitos LGBTQIAPN+: tribunal baiano encerra capacitação “O Valor da Diversidade”

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Foto: Ascom TJBA
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O curso “O Valor da Diversidade” realizado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), por meio da Comissão para a Promoção de Igualdade e Políticas Afirmativas em Questões de Gênero e Orientação Sexual (Cogen), foi encerrado na última quinta-feira (25/7). O ciclo de capacitações teve o objetivo de estimular o debate sobre o respeito e a inclusão no ambiente de trabalho e nas relações sociais e integrou a I Semana de Promoção e Defesa dos Direitos da População LGBTQIAPN+.

“Finalizamos a Semana do Orgulho com esse curso que traz conceitos básicos sobre direitos humanos, experiências e vivências das pessoas LGBTQIA+”, disse a presidente em exercício da Cogen, juíza Maria Angélica Alves Matos, pontuando a relevância das capacitações.  De acordo com a magistrada, o curso é uma forma de sensibilização e aprendizado “tanto em relação ao público interno, especialmente as pessoas transgêneras aprovadas nas recentes seleções de estagiários, quanto ao público externo que acessa os serviços judiciários”, explicou a magistrada.

Durante as aulas, ocorridas pela manhã e à tarde, a plateia – composta por servidores, magistrados e público externo – ampliou o conhecimento a respeito de conceitos atrelados ao gênero e à orientação sexual. Houve espaço para dúvidas e interações. “Cada qual é um ser único e temos o direito de sermos respeitados”, disse a estudante Glória Reis após ouvir as explanações sobre o termo não-binariedade.

Palestrantes

Bruno Santana – transativista e pós-graduado em Gênero, Diversidade e Direitos Humanos – parabenizou a Cogen e a juíza Maria Angélica pela iniciativa. “Este é, também, um movimento de inclusão e precisa ser fortalecido. Foram três aulas e a presença predominante foi de mulheres cis”, disse ele, durante uma reflexão sobre as características da sociedade brasileira. Cis é a pessoa que se identifica com o gênero biológico; o termo oposto é trans.

Para Yuna Vitória – defensora pública do estado e ativista de gênero –, promover o debate dentro dos espaços do Judiciário tem um valor simbólico muito valioso. “Conseguimos ressignificar as histórias das pessoas LGBTQIAPN+ e os colaboradores dos fóruns se qualificaram no atendimento a um público diferenciado”, afirmou. Na visão dela, os benefícios extrapolam o ambiente de trabalho.

De forma semelhante, Cristiane Sarmento, educadora e fundadora do Coletivo Mães do Arco-íris, acredita no poder transformador da educação. “Que o público possa sair daqui e construir ambientes mais respeitosos e humanizados”, declarou.

A I Semana de Promoção e Defesa dos Direitos da População LGBTQIAPN+ contou com o apoio da Universidade Corporativa Ministro Hermes Lima (Unicorp) do TJBA.

Fonte: TJBA

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