Dia da Conciliação mobiliza o Judiciário no Tocantins

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O Movimento pela Conciliação no Tocantins lotou o Fórum de Palmas nesta manhã de sexta-feira, 8 de dezembro. Neste dia, Dia da Justiça, que costuma ser feriado para os servidores do Judiciário, equipes de colaboradores foram mobilizadas para atender às mais de 500 audiências que serão realizadas durante todo o dia.

Com acordos ou não, o Movimento foi bem recebido por quem participou das audiências. Fernando Matos do Vale, representante de uma empresa de materiais de construção, não conseguiu acordo com a outra parte, que tinha reclamações contra sua empresa, e afirmou: "Em um dia como esse, com um grande movimento e todos vestindo camisetas que incentivam a conciliação, quem é parte nos processos já vem com o desejo de se reconciliar".

Um exemplo desta vontade de conciliação é a senhora Maria da Paz Claro, que estava em disputa com uma prestadora de serviços de saneamento. A empresa havia suspendido o fornecimento de água, alegando violação no hidrômetro, e dona Maria recorreu ao Judiciário com pedido de indenização. A audiência resultou em acordo e encerrou a angústia de dona Maria. "Quem requer seus direitos nunca quer prolongar a dor de cabeça, mas achar um acordo para os lados envolvidos", afirmou. A outra parte, representada pelo agente comercial Vilson Moreira Guimarães, concordou com Maria da Paz: "chamar as pessoas para resolver seus problemas de um modo mais fácil é uma boa idéia".

Na opinião da advogada Leila Zamperlini, a iniciativa do Conselho Nacional de Justiça pela conciliação foi próspera em razão do perfil dos processos e dos juizados. "O que se procura nos Juizados é celeridade. Hoje temos processos ingressados que terão tempo de julgamento muito demorado, e uma iniciativa assim pode mudar o perfil dos processos. É melhor ter um órgão para conciliar, não desmerecendo os interesses das partes, mas que leve mais rapidamente ao objetivo que é ter o seu direito resguardado", disse Leila, que também é professora universitária.