Detentos do ES trabalham na fabricação de bancos de couro

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Os detentos do Espírito Santo estão sendo beneficiados com iniciativas de reinserção social. A cada três dias de trabalho, um é reduzido no cumprimento da pena e, ao final do mês, recebem salário e a possibilidade de retorno digno ao convívio social. Atualmente, o Estado tem 642 internos trabalhando tanto nas unidades prisionais quanto em empresas parceiras da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).

A Hercons Bancos de Couro, localizada em Vitória, é uma das empresas que apostou na mão-de-obra vinda de unidades prisionais. Seu proprietário, Alexandre Calderaro Nagib, aderiu ao programa há quatros anos e hoje pelo menos 10% do seu quadro funcional é composto por detentos. “A absorção da mão-de-obra dos internos começou como uma experiência e hoje já se consolidou como um programa de sucesso. Com o apoio destes profissionais minha empresa cresceu e eu evoluí pessoalmente”, afirma o empresário.

 Entre os benefícios oferecidos aos empresários que aderem ao Programa de Trabalho Prisional estão a não obrigatoriedade em assinar a carteira de trabalho do empregado e a isenção dos encargos trabalhistas.

O secretário da Justiça, Ângelo Roncalli de Ramos Barros, explica que as empresas interessadas em absorver a mão-de-obra de internos devem procurar a Diretoria de Ressocialização da Sejus, pelo telefone (27) 3132-1815. “Atualmente são pouco mais de 50 parceiros oferecendo oportunidade de trabalho e de recomeço para estas pessoas”, afirma o secretário.

 Quem também comemora a oportunidade são os ex-internos que hoje são profissionais respeitados e têm a carteira de trabalho assinada. “Tenho hoje minha vida recuperada e transformada, tenho meu trabalho e sustento minha família com dignidade”, afirma Alexandre Lira de Oliveira, de 34 anos, dez deles vivendo em privação de liberdade. Atualmente ele ocupa o cargo de encarregado de produção da Hercons Bancos de Couro.

 O Espírito Santo possui frentes de trabalho em 11 unidades prisionais do Estado. Alguns dos trabalhos desenvolvidos são: produção de bancos de couro, confecção de blocos de concreto, produção de mudas de eucalipto, construção civil, costura de bolas, serviços gerais, finalização e acabamento de confecção, artesanatos diversos, produção de marmitex, entre outros.

 Fonte: Assessoria de Comunicação SEJUS ES