Atendendo orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Recomendação Nº 37/2011 e também a tabela de temporalidade, o Juizado Especial Criminal de Cuiabá (Jecrim) realizou, no último dia 14, o descarte de 62 mil processos arquivados desde 2011.
A gestora administrativa do Jecrim Cuiabá e coordenadora da Comissão de Descarte de Processos, Bernadete Borges Pereira explicou que as ações estavam há cinco anos arquivados, respeitando, assim a tabela de temporalidade. Ao todo, os 62 mil processos estavam guardados em 2.056 caixas e com a ação realizada, liberou um espaço considerável no arquivo do juizado.
O material entregue à empresa de reciclagem passa por uma triagem e fragmentação para manter o sigilo. Em seguida, vai para a esteira, é picotado e prensado e, em seguida, encaminhado para indústrias do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul, que compram esse papel reciclado e o transforma em papel novo.
Além da liberação de espaço, a gestora ressaltou a questão ligada ao meio ambiente e informou que esse foi um dos motivos do Jecrim procurar a empresa de reciclagem para fazer a destruição dos documentos de forma correta. “Foi uma das nossas preocupações: descartar de forma correta, ao invés de jogar na rua, em locais impróprios”.
Além disso, a empresa de reciclagem paga pelo papel descartado. Com o valor arrecadado Bernadete informou que caberá ao juiz diretor do Jecrim, Mário Kono de Oliveira definir para onde será revertido o valor arrecadado.
A proprietária da empresa de reciclagem Recimat, Vera Lucia Lissoni destacou a ação do Jecrim e disse que esse exemplo deveria ser seguido por mais empresas e órgãos públicos. “Na maioria das vezes o descarte de papel é feito de forma inadequada. Lá fora o papel é lixo, aqui dentro é matéria-prima”, frisou.
Fonte: TJMT