Questões administrativas e de pessoal foram debatidas na quinta-feira (5/3) durante audiência pública realizada na comarca de Goianésia (GO) pelo Corregedor-Geral da Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho, pelos juízes auxiliares da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJ) Átila Naves Amaral – que é o coordenador geral da Audiência Pública – e Ronnie Paes Sandre, além de servidores e magistrados da 11ª Região Judiciária de Goiás. A audiência ocorreu em plenário da Câmara Municipal de Goianésia.

“O nosso objetivo foi mais ouvir do que falar. Ouvir quais as dificuldades pontuais de cada comarca para que a Corregedoria-Geral posteriormente dê as orientações para solucionar as dúvidas. Não estamos aqui para corrigir, mas para orientar e dar o auxílio necessário a cada colega e a cada servidor da região que esteja envolvido com o Poder Judiciário”, afirmou o desembargador Gilberto Marques Filho. A audiência ocorreu no Plenário Aleixo Luiz Vinha, da Câmara Municipal de Goianésia.

O diretor do Foro da comarca de Goianésia e coordenador regional da audiência pública, juiz de direito Decildo Ferreira Lopes, avaliou como positiva a iniciativa. “O fato de o corregedor-geral e os juízes-auxiliares estarem presentes para conversar com os servidores e conhecer nossas dificuldades e as nossas peculiaridades muda a continuidade do trabalho no que diz respeito ao alcance de metas, sejam elas do Conselho Nacional da Justiça (CNJ) ou da própria Corregedoria. As metas são alcançadas com muito mais facilidade e com muito mais disposição tendo a Corregedoria como parceira”, afirmou.

Parceria – De acordo com juiz-auxiliar e coordenador regional da audiência pública, Átila Naves Amaral, muitas demandas que afligem o servidor e os juízes foram esclarecidas pelo desembargador Gilberto Marques Filho. “Essa audiência foi para a solução dos problemas internos do Poder Judiciário ou o encaminhamento e parceria para essa solução”, disse.

Um dos pontos abordados por juízes e servidores foi a sobrecarga das unidades carcerárias das comarcas da região, mas também houve debates sobre a pressão para cumprir as metas propostas pelo CNJ, o planejamento estratégico dos tribunais, o aprimoramento das serventias e a gestão de pessoas, a melhoria da infraestrutura e da tecnologia da informação, a valorização do processo administrativo e a modernização do sistema de RH.

O juiz André Reis Lacerda, da 1ª Vara Cível da comarca de Goianésia, disse que a troca de experiência e o diálogo sobre os problemas pontuais de cada comarca sempre trazem bons resultados. “A iniciativa da audiência pública, que possibilita contato mais pessoal dos servidores com o desembargador corregedor e com os juízes auxiliares, é imprescindível para o Poder Judiciário. Acredito que as sugestões e as reclamações trazidas dos colegas de outras comarcas contribuem no aspecto de não deixar o juiz isolado”, observou o magistrado.

Colaboração – Na opinião dele, é ainda uma satisfação muito grande saber que a Corregedoria não existe somente para punir, mas também para dar orientações e colaborar com um modelo de gestão mais efetiva e prática. “A reunião de hoje foi produtiva porque todos tiveram oportunidade de falar e todos os servidores expuseram suas opiniões”, afirmou O juiz André Lacerda.

Para Simone de Paula Rodrigues Cunha, contadora judicial de Goianésia, a audiência interna foi bastante proveitosa. “Essa reunião foi muito importante porque melhora muita coisa nas comarcas. Hoje, foi muito proveitoso, já que foram anotadas todas as sugestões e todos os problemas para serem solucionados”, justificou.

O escrevente da comarca de Crixás, Wilson Gomes Lacerda, diz que o principal é que as sugestões e os assuntos tratados sejam levados adiante para ser dada uma solução definitiva. “Isso vai fazer com que o Poder Judiciário de Goiás seja mais moderno, mais atuante, mais ágil e mais confiante perante a população”, avaliou.

A 11ª Região Judiciária de Goiás engloba as comarcas de Barro Alto, Carmo do Rio Verde, Crixás, Ceres, Goianésia, Itapaci, Rialma, Rubiataba e Santa Terezinha de Goiás. O presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás, juiz de direito Gilmar Luiz Coelho, também participou da audiência.

Fonte: TJGO