Corregedoria de Pernambuco lança programa pioneiro para novos juízes

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A Corregedoria Geral da Justiça e a presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) lançaram, na última semana, o Programa de Mentoria para Juízes Vitaliciandos. O objetivo do programa, que pela primeira vez é utilizado no Poder Judiciário brasileiro, é contribuir para a adaptação dos 40 magistrados recém-empossados ao exercício do cargo e função. Desse modo eles mais facilmente se aproximarão dos objetivos e metas de produtividade e qualidade traçados pelo Tribunal.  

Na abertura, o Corregedor Frederico Neves, responsável pela implantação da ideia pioneira, fez questão de ressaltar a importância do trabalho conjunto de magistrados e servidores. “Faço questão de destacar o entusiasmo contagiante de três nomes marcantes no judiciário pernambucano: Valéria Pragana e Rita Borges, pelos servidores, e Mariana Vargas, pela Magistratura. Elas, sem dúvida, com indiscutível competência, conseguiram inculcar no meu espírito a convicção da importância deste projeto”, afirmou na ocasião.

Mentoria (Mentoring) é um processo baseado no relacionamento entre duas pessoas em que uma delas (mentor) contribui com seu conhecimento e experiência para o desenvolvimento da outra (mentorado) em aspectos relacionados com o trabalho e até em questões pessoais. Forma-se uma aliança que cria espaço para um diálogo que leva a reflexão, ação e aprendizado. Esse processo pode acontecer espontaneamente nas organizações, mas também pode ser implementado de forma planejada e estruturada.
Assim tem ocorrido com grande sucesso principalmente nos Estados Unidos, inclusive no Judiciário.

No Brasil, esse trabalho está dando os primeiros passos, e o TJPE participa pioneiramente desse avanço.  “O Programa de Mentoria dará uma força inestimável aos novos magistrados, propiciando a eles uma adaptação mais rápida ao ambiente organizacional e às atividades próprias da nova função. Com isso o Tribunal eleva a qualidade dos serviços que presta aos cidadãos”, explica o corregedor geral da Justiça do TJPE, desembargador Frederico Neves.

A partir desta sexta-feira, juízes com experiência (mentores) e os novos juízes (mentorados) passarão por um treinamento, após o qual serão formados os pares mentor-mentorado. O programa terá duração de 12 meses, durante os quais cada par trabalhará em frequente contato, focado nos objetivos do programa. Durante todo esse tempo, os participantes receberão suporte de uma equipe interna capacitada para esse fim e de uma equipe responsável pela estruturação do programa.  

Pesquisa – De acordo a revista Você S&A, uma pesquisa realizada em 2008 pela ONG Catalyst, organização sem fins lucrativos americana que acompanha os avanços femininos no mercado de trabalho, ouviu 4 000 trabalhadores em tempo integral — homens e mulheres de alto potencial, formados nos melhores MBAs do mundo, entre 1996 e 2007. De acordo com o estudo, 83% das mulheres — ante 76% dos homens — afirmaram ter tido ao menos um mentor em algum momento da vida profissional.

Do TJPE