Corregedores de todo o país discutem impunidade

Compartilhe

 

A corrupção no Judiciário, ainda que praticada por apenas um magistrado, constitui "fato muito grave, porquanto atinge, em cheio, o sentimento de justiça da população e a credibilidade do Judiciário, última esperança dos injustiçados". O entendimento é do corregedor nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Antônio de Pádua Ribeiro.

 

A corrupção no Judiciário, ainda que praticada por apenas um magistrado, constitui "fato muito grave, porquanto atinge, em cheio, o sentimento de justiça da população e a credibilidade do Judiciário, última esperança dos injustiçados". O entendimento é do corregedor nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Antônio de Pádua Ribeiro.

Pádua Ribeiro falou na abertura do Encontro Nacional de Corregedores de Justiça, na tarde desta quarta-feira (02/05). O evento, que reúne cerca de 150 participantes, entre corregedores de justiças, magistrados, advogados e membros do Ministério Público, vai até sexta-feira (04/05).

O ministro ponderou, porém, que é pequeno o número de magistrados acusados de corrupção. "Num total de 14.500 juízes, não chegam a duas dezenas. Mas a revolta que provocam é muito grande e, maior ainda, o dano que causam à imagem do Judiciário", disse.

Neste momento, realiza-se o primeiro painel do evento, discutindo "Processo Penal e Impunidade". Participam o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) e os corregedores de justiça do Distrito Federal, João de Assis Mariosi, e do Rio Grande do Sul, Jorge Luiz Dall'Agnol.

O evento continua na manhã desta quinta-feira (03/05), a partir das 8h30, com o painel "Taxa de Fiscalização de Serviços Cartorários e Fundo de Recuperação do Judiciário", com a participação dos advogados Ives Gandra e Walter Ceneviva, além do desembargador Milton Augusto de Brito Nobre, do TJ-PA, e do corregedor geral de justiça de Santa Catarina, desembargador Newton Triosotto.

Participou da abertura do Encontro, na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, além de Pádua Ribeiro, o presidente do Senado, Renan Calheiros. O senador destacou duas das funções dos corregedores: prestação de contas e monitoramento da efetiva prestação dos serviços judiciários. "A recente criação do Conselho Nacional de Justiça reforçou a importância da Corregedoria", disse.

Também participaram da mesa de abertura o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, e o presidente do Colégio de Corregedores gerais de Justiça, desembargador João Pinheiro de Souza.