O corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, refutou nesta terça-feira (12/9) com veemência as acusações veiculadas pela Revista Veja. O ministro Noronha se defendeu das insinuações de que houve venda de sentenças favoráveis ao grupo JBS no Superior Tribunal de Justiça (STJ), veiculadas na edição de Veja desta semana, e atribuiu ao ”mau uso da imprensa e à irresponsabilidade de dois jornalistas” a tentativa de manchar a imagem de três ministros do STJ. Além de Noronha, os ministros Mauro Campbell e Napoleão Nunes Maia também foram citados.
“Eu repilo, no meu nome. Repilo, em nome dos ministros do STJ, que é uma casa de homens honrados, decentes, essa peroração [ataque]. Desculpem a exaltação, mas eu não posso deixar que paire sobre a imagem do corregedor nacional de Justiça, de um ministro do STJ, qualquer veio [traço] de corrupção”, disse.
O ministro pediu apuração à presidente do STJ, ministra Laurita Vaz, e cobrou uma investigação também da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sobre a conduta dos advogados que supostamente intermediaram a venda de sentença entre a JBS e os ministros do STJ. “Que a OAB cumpra seu papel, que apure em relação aos advogados. É hora de coibir e repelir a conduta de advogados, como aconteceu agora”, disse.
Ministra
Em nome dos demais conselheiros, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministra Cármen Lúcia, ponderou que a liberdade de imprensa não pode se sobrepor à garantia dos direitos e à honorabilidade das instituições da Justiça, que vêm sendo atacadas recentemente. “Nada nunca pairou sobre Vossa Excelência, nem sobre os demais citados. Então a fala de Vossa Excelência constará da ata e dos anais deste CNJ”.
Assista ao vídeo do ministro Noronha.
Manuel Carlos Montenegro
Agência CNJ de Notícias