Conselheiros em fim de mandato são homenageados em sessão

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Os conselheiros Guilherme Calmon e Maria Cristina Peduzzi foram homenageados por seus pares, nesta terça-feira (28/04), durante a 207ª sessão ordinária, último dia de mandato dos magistrados no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em nome dos demais colegas, o conselheiro Paulo Teixeira destacou a atuação profissional de Calmon e Peduzzi. Ao final, os conselheiros entregaram aos dois placas de homenagem e flores.

Sobre a conselheira Peduzzi, Paulo Teixeira salientou sua condução à frente da presidência da Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento, em que conduziu os trabalhos para a instituição da Resolução CNJ n. 184/2013, que regulamentou a criação de cargos, funções e unidades judiciárias no âmbito dos tribunais. Na comissão, organizou dois encontros nacionais do Poder Judiciário, aprovando as metas dos anos de 2014 e 2015.

“Ela foi relatora da importante resolução que estendeu impedimento de atuação de magistrados em processos patrocinados por parentes de magistrados, ainda que de forma oculta ou temporária”, completou. O conselheiro ressalvou, ainda, que, para além de sua eficiência e competência, ficará como recordação a empatia e a docilidade de seu temperamento.

Sobre o conselheiro Guilherme Calmon, supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do CNJ, Paulo Teixeira relembrou as conquistas profissionais do colega que, além da presidência da Comissão de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas, foi representante do CNJ junto à Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), abraçou o programa de Cooperação Jurídica Internacional e, na Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania, coordenou a conciliação na Justiça Federal, que no ano de 2014 recuperou mais de R$ 70,3 milhões ao Sistema Financeiro de Habitação.

“Destaco sua invejável capacidade de trabalho e a notável disposição para suscitar e debater questões novas. Encontramos nele entusiasmo para refletir e buscar soluções aos problemas complexos com que nos confrontamos aqui no Conselho. E seu ânimo para o trabalho sempre veio acompanhado de talento, erudição, clareza de ideias e elegância na forma de rejeitar ou assimilar uma proposta”, elogiou.

Emocionada, a ministra Maria Cristina Peduzzi agradeceu a homenagem. “Agradeço as generosas e calorosas palavras do querido conselheiro Paulo Teixeira, pelo convívio e aprendizado, e aos conselheiros e servidores, do meu gabinete e diversos departamentos dos CNJ, na certeza de que a investidura no cargo constituiu ponto alto da minha carreira. Estejam certos de que, me valendo da poesia de Alceu Wamosy, levarei comigo uma saudade do CNJ e de seus ilustres e caríssimos integrantes e deixarei no CNJ uma saudade minha”, afirmou.

Já o conselheiro Guilherme Calmon leu um texto de despedida. “Deixo o CNJ como um profissional e uma pessoa melhor do que entrei. O contato com o sistema de Justiça na execução penal, das prisões provisórias, nas medidas de internação dos adolescentes, no enfrentamento ao tráfico de pessoas, nos precatórios, entre outros assuntos que tive a oportunidade de cuidar, permitiu-me uma visão muito mais concreta das grandes dificuldades, mas também das qualidades que o Poder Judiciário e a magistratura vivenciam em pleno século XXI”, afirmou. E completou: “O CNJ é a mola mestra do Poder Judiciário para fazer valer, na prática, os princípios fundamentais e anseios mais legítimos da sociedade civil”.

A conselheira Maria Cristina Peduzzi é ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e foi indicada ao CNJ pelo próprio tribunal. Guilherme Calmon é desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região e foi indicado ao CNJ pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os dois magistrados iniciaram seus trabalhos no órgão em 2013.

Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícias