A conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Renata Gil visitou, na terça-feira (26/3), uma unidade da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Belo Horizonte (MG), para ouvir as histórias de recuperandas e conhecer a metodologia que prioriza a recuperação e a reinserção social do indivíduo após o cumprimento da pena.
Acompanhada da integrante do Observatório dos Direitos Humanos do Poder Judiciário, empresária e ativista Luiza Brunet, elas conheceram as instalações da unidade, que conta com oficinas de costura, pães e hóstias, biblioteca, consultórios médico e odontológico e dormitórios.
Depois de ouvir o relato de recuperandas que, após terem contato com o método Apac, viram uma chance de reconstruírem sua identidade, Renata Gil afirmou acreditar na Justiça de mãos dadas com a sociedade. “Todos que cometem um erro têm o direito de recalcular a rota e mudar a direção de sua vida. Por isso, acredito muito nesse projeto de ressocialização”, disse. “Desejo que possam remover as pedras dos caminhos de vocês e plantar somente flores. A sociedade precisa de pessoas que distribuam amor, e não violência. Sou uma pessoa que vê com o coração. E tenho certeza de que, com o que vi e senti aqui hoje, vocês serão belos agentes de transformação”, afirmou a conselheira do CNJ.
Já Luiza Brunet compartilhou seus desafios, suas histórias de superação e enfrentamento à violência contra a mulher e afirmou que não trocaria a experiência vivida neste dia por nada. “As histórias verdadeiras são as que, de fato, nos emocionam. Estou profundamente tocada por tudo o que vi e ouvi aqui na Apac. Saio desse encontro renovada e transformada”, disse.
Para a vice-presidente Administrativa da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), Rosimere das Graças do Couto, a consolidação e a qualificação das Apacs são de interesse de todo o Sistema de Justiça. “Aqui, pudemos ver a força dessas mulheres, a vontade de mudar de vida e de buscar um novo caminho. Saio emocionada e confiante de que um futuro digno está sendo construído aqui”, afirmou.
O presidente da Amagis, Luiz Carlos Rezende e Santos, ressaltou o simbolismo da visita à Apac ocorrer na Semana Santa, período propício para reflexões. “A Páscoa é tempo de mudança, de perdão, tolerância e de ressuscitarmos dentro de nós mesmos. Portanto, acreditem nos seus melhores propósitos e no caminho do bem”, afirmou.
Agência CNJ de Notícias, com informações da AMAGIS-MG