Os resultados da readequação realizada no processo de logística de distribuição, no âmbito das unidades da capital, já começaram a ser observados pela Secretaria de Administração (Sead) do Judiciário baiano. Por meio dos levantamentos feitos pela Diretoria de Suprimento e Patrimônio (DSP) e pela Coordenação de Distribuição (CODIS), é possível evidenciar a redução da aquisição e do consumo de itens como copos descartáveis e papel ofício.
No que diz respeito ao consumo de resmas de papel ofício, por exemplo, houve uma redução de cerca de 48%, no comparativo entre os dois primeiros meses dos anos de 2019 e 2020. Assim, em 2019, entre os meses de janeiro e fevereiro, foram consumidas 7.855 resmas. Já em 2020, esse número caiu para 4.083 no mesmo período.
Em se tratando de copos descartáveis, a redução do consumo foi de quase 39%, considerando o mesmo comparativo feito anteriormente. Em janeiro e fevereiro de 2019, foram consumidos 4.645 pacotes (de 100 unidades cada), número que reduziu para 2.844 nos dois primeiros meses deste ano. Esses valores englobam tanto copos utilizados para água (200 ml), quanto aqueles usados para café (50 ml).
Incluindo na avaliação os meses de março e abril, a porcentagem da economia alcançada é ainda maior, como é possível visualizar na Tabela Comparativa. No entanto, não podemos perder de vista o regime especial de trabalho adotado pelo Judiciário baiano desde meados de março por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). Magistrados e servidores estão atuando em teletrabalho e sistema de rodízio, o que, consequentemente, impacta na diminuição do consumo desses itens.
Cabe lembrar, entretanto, que o Poder Judiciário da Bahia estabeleceu, justamente para esse período, medidas visando a redução, racionalização, contingenciamento, contenção, monitoramento e controle das despesas de pessoal, custeio e investimento. Assim, aqueles que comparecem aos seus locais de trabalho para o exercício das atividades continuam sendo orientados sobre o consumo consciente, sobretudo diante do cenário restritivo enfrentado. Além disso, seguindo os normativos publicados, novos ajustes, ainda mais drásticos, foram realizados no que concerne a aquisição e distribuição de itens.
A Coordenação de Distribuição fez o levantamento também dos itens que foram recuperados pela Oficina Integrada da Corte e reaproveitados para a redistribuição nas unidades solicitantes. A ação fomenta o consumo consciente e a adesão a práticas sustentáveis, contribuindo diretamente no que tange à economicidade.
De acordo com os dados apurados, deixarão de ser comprados, por conta dessas práticas de reaproveitamento, 1.400 mesas; 2.300 cadeiras; 620 longarinas; 870 armários; 90 sofás; 110 bebedouros tipo garrafão; 10 bebedouros de pressão; 20 purificadores de água; 55 fornos micro-ondas; 5 fogões; 20 televisores; 20 projetores; 60 refrigeradores; além de 18 mil resmas de papel e 165 mil insumos de escritório.
No que se refere, especificamente, a papel branco, foi efetuada uma única aquisição neste exercício e não será realizada mais compras do item em 2020. Uma economia de 40% em relação ao ano anterior.
A Secretaria de Administração, que tem à frente o Servidor Fabrício Nascimento Ferreira, faz questão de enfatizar que todas as iniciativas são realizadas em consonância com as orientações do Núcleo Socioambiental do Judiciário baiano, coordenado pela Desembargadora Maria de Fátima Silva Carvalho. Dessa maneira, a aquisição de bens e a contratação de obras e serviços segue o Guia de Contratações Sustentáveis, aprovado em dezembro de 2019.
Considerando as diretrizes do Núcleo Socioambiental, as unidades responsáveis pela compra e distribuição de itens têm focado em orientar os usuários sobre o consumo consciente, estimulando e viabilizando, por exemplo, o uso de copos e xícaras de vidro nos setores. Conforme informou a CODIS, o controle sobre os pedidos passou a ser ainda mais rigoroso, com cortes severos naqueles superdimensionados. Para tanto, foi utilizado como parâmetro a média de consumo dos últimos 18 meses de cada unidade, resultado gerado automaticamente pelo Sistema de Patrimônio (Sispat).
Fonte: TJBA