Conciliação em MG resolve conflitos nas relações de consumo

Compartilhe

 

O Juizado Especial das Relações de Consumo, em Belo Horizonte, Minas Gerais, está mais movimentado do que de costume. Com a Semana da Conciliação, que vem sendo realizada de 3 a 7 de dezembro, o Juizado recebeu reforços: dois juízes; mais conciliadores – tanto voluntários como estagiários remunerados; pauta cheia todos os dias. São nove salas de conciliação, cada uma atendendo em três turnos, que vão das 7h30 às 20h, totalizando 162 audiências por dia.

Justamente por isso, a programação da Semana não inclui a realização de sessões extras, pois "não há espaço físico para aumentar", afirma a juíza Mariana de Lima Andrade. O coordenador jurídico Tarcísio Dias de Oliveira ressalta, ainda, que o Juizado busca sempre "a qualidade da conciliação", avaliando cuidadosamente a viabilidade de aumentar o número de audiências.

Nos corredores e nas salas, impera, em geral, um clima de cordialidade e informalidade, por vezes não parece que ali se resolvem litígios. Juízes, coordenadores, servidores e conciliadores vestem a camisa da Semana da Conciliação, tanto no sentido literal quanto no figurado: a consciência de que a conciliação é uma ótima forma de se resolver conflitos.

Além de desafogar as demandas do Poder Judiciário e agilizar a prestação jurisdicional, o Juizado pode ter um papel importante na formação de futuros advogados. O conciliador voluntário Gabriel Morais Lanna, estudante do 3o período do curso de Direito da UFMG, destaca o grande aprendizado que está tendo nesse órgão judiciário, além da possibilidade de ver na prática algo de que se fala muito nas salas de aula: o objetivo de pacificação social. "Considero a experiência na conciliação fundamental para a construção do advogado. Para mim, é essencial aprender a ver os dois lados e não só pensar em ganhar o máximo para o cliente. Às vezes, é mais importante ouvir a outra parte e buscar um acordo, tentar resolver a questão, ainda que seja necessário abrir mão de alguma coisa", completa.

(Fonte:Assessoria de Comunicação do TJMG)