Conciliação é caminho para sociedade menos litigiosa, diz ministra Ellen Gracie

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A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Ellen Gracie, conclamou os membros do Judiciário e os operadores do direito a lutarem pela consolidação de uma cultura menos litigiosa e mais pacificadora na Justiça brasileira. Segundo ela, o primeiro passo para se alcançar esse objetivo foi dado nesta quarta-feira (23/08) com o lançamento do Movimento pela Conciliação.

Ao abrir a solenidade, a ministra afirmou que o Movimento tem o propósito de transformar a sociedade. "Não queremos apenas diminuir a quantidade do nosso trabalho, com a redução dos processos, mas uma sociedade melhor, que enfrente as controvérsias de uma maneira menos litigiosa, com pessoas mais qualificadas para exercer essa conciliação", disse.

Participaram do lançamento do Movimento o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, o ministro da Previdência, Nelson Machado, o representante da Caixa Econômica Federal, Antônio Carlos Ferreira, o advogado-geral da União, Álvaro Augusto Ribeiro da Costa, e o presidente do Colégio dos Presidentes dos Tribunais, José Fernandes Filho, entre outras autoridades.

O evento foi prestigiado ainda por representantes de órgãos do Judiciário, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), além de associações de magistrados e outras entidades da sociedade civil, que também participam do Movimento pela Conciliação.

A ministra disse que o entendimento entre as partes é sempre o melhor caminho para que a Justiça prevaleça. "Nós (magistrados) recebemos sempre de segunda e terceira mão a realidade dos fatos. Quem conhece as motivações explícitas e ocultas que estão por trás de cada processo judicial são as partes envolvidas. Nós, juízes, sempre fazemos um grande esforço, com dedicação e seriedade, na tentativa de enxergar através desse nevoeiro e buscar a solução mais próxima da justiça", afirmou.