Uma das funções primordiais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que completa um ano nesta quarta-feira (14/06), é fazer o planejamento estratégico e definir metas para o Poder Judiciário. Esse trabalho tem sido feito de maneira organizada e sistemática por meio das comissões em funcionamento no Conselho.
Atualmente, existem nove comissões
As comissões estão divididas por temas ou áreas de interesse: Comissão de Estatística; Comissão sobre Especialização de Varas, Câmaras e Turmas; Comissão de Regulamentação da Emenda 45; Comissão de Informatização; Comissão sobre Juizados Especiais; Comissão sobre Fundos, Depósitos Judiciais e Custas; Comissão sobre o Poder Judiciário na Bahia; Comissão do Banco de Dados e Comissão para Regulamentação da Eleição dos Órgãos Especiais dos Tribunais.
A Comissão de Informatização, composta pelos conselheiros
Juizados especiais
A Comissão dos Juizados Especiais, coordenada pelos conselheiros Eduardo Lorenzoni e Germana Moraes, chegou a resultados importantes neste primeiro ano, trabalhando em conjunto com os representantes dos juizados de todo o País. O grupo desenvolve um trabalho em profundidade, analisando e diagnosticando o funcionamento dos juizados, inclusive sobre as condições de atendimento destes órgãos.
Como resultado, a comissão já elabora uma série de propostas para melhorar o funcionamento dos juizados. Recentemente, o Plenário do CNJ aprovou um pacote de três medidas com este objetivo, apresentadas pela comissão: a solicitação aos tribunais de Justiça, pelo conselho, de informações sobre metas de redução da taxa de congestionamento; recomendação de que prevejam no orçamento anual verba específica para expansão de atendimentos nos juizados especiais; e disponibilização, aos tribunais, de projetos desenvolvidos no âmbito do conselho, incentivando o uso de sistemas de processos virtuais.
A Comissão do banco de dados sobre a população carcerária brasileira foi criada pela ministra Ellen Gracie como resposta do CNJ para a crise de segurança que resultou na série de rebeliões nos presídios em maio deste ano. A comissão já aprovou minuta de regulamentação para as prisões de caráter provisório e já definiu como será e como funcionará o banco de dados eletrônico.
Regulamentação
A Comissão de Regulamentação da Emenda 45, integrada pelos conselheiros Alexandre de Moraes e Paulo Schmidt, apresentou recentemente 19 sugestões à PEC 358/05, a segunda parte da Reforma no Judiciário. De acordo com Schmidt, as sugestões apresentadas pelo CNJ visam "aprimorar o texto em discussão e suprir algumas lacunas deixadas pela Emenda 45".
A Comissão sobre Especialização de Varas, Câmaras e Turmas teve participação na aprovação, pelo Plenário do CNJ, de recomendação aos sistemas judiciários federais e estaduais para que criem varas especializadas no combate ao crime organizado.
Integram a comissão os conselheiros Cláudio Godoy e Paulo Lobo. De acordo com Godoy, "muitos tribunais já montaram varas especializadas com êxito no Judiciário brasileiro. Agora, eles terão mais este desafio".
"As comissões desenvolvem um trabalho importantíssimo para o Conselho e para o Judiciário, trabalhando no planejamento estratégico da Justiça brasileira", diz Sérgio