Parceria entre o projeto Começar de Novo, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), que busca a reinserção social e produtiva de detentos e egressos do sistema penal, e o Conselho de Jovens Empresários (Conjove), da Associação Comercial do Pará (ACP), vai incorporar à programação do Feirão do Imposto o debate sobre a necessidade de se fortalecer uma rede de proteção e ressocialização de pessoas em conflito com a lei para reduzir a reincidência e a criminalidade.
Na abertura do evento, no Shopping Boulevard, o personagem Epaminondas Gustavo, criado pelo juiz Cláudio Rendeiro, que coordena o projeto Começar de Novo, fará um número de stand-up comedy, interagindo com o público para mostrar a necessidade de a sociedade dar uma nova chance aos que cumprem ou já cumpriram suas penas no sistema carcerário.
O Feirão do Imposto, coordenado no Pará pelo Conjove da ACP, é um evento nacional promovido pelas entidades empresariais para chamar atenção à elevada carga tributária nacional.
No Pará, o evento ocorre de 24 e 28 de maio, com ações em vários pontos da cidade, inclusive com a comercialização de 150 litros de gasolina a preço de custo, livre de imposto, em um posto de combustível de Belém. O evento convidará o público a doar livros para renovar o acervo das bibliotecas das casas penais do estado.
REINCIDÊNCIA
Pesquisa nacional revela que o índice de reincidência criminal entre egressos do sistema penal que não conseguiram reinserção social e produtiva oscila entre 60% e 70%.
No Pará, levantamento empírico entre presos e egressos da Fábrica Esperança e de outros convênios de trabalho firmados pelo Começar de Novo com instituições públicas e privadas mostra que o índice de reincidência fica entre 0% e 3%.
A partir dessa primeira experiência de parceria, em torno do Feirão do Imposto, a coordenação do projeto Começar de Novo e o Conjove da ACP darão início ao diálogo com as empresas em busca de oportunidades de ocupação para apenados e egressos do sistema penal, com o objetivo de reduzir a violência no Estado por meio da reinserção dessas pessoas na sociedade.
Fonte: TJPA