Começar de Novo: campanha também foi divulgada no estádio Couto Pereira, em Curitiba

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“A parceria entre o Conselho Nacional de Justiça e o Clube dos 13 contribui para sensibilizar a sociedade”, disse neste domingo (06/12), a conselheira Morgana Richa, que esteve presente na partida entre o Coritiba e o Fluminense, realizada no estádio Major Couto Pereira. De acordo com a conselheira, a divulgação do Projeto Começar de Novo nas partidas finais do campeonato brasileiro é uma forma de sensibilizar a sociedade para a questão da reinserção social dos presos.

A conselheira do CNJ disse ainda que esse tipo de divulgação ajuda a reduzir o preconceito em relação aos egressos do sistema prisional. “O futebol é uma paixão nacional e essa divulgação nos estádios é muito importante”, afirmou. Morgana Richa lembrou que a reinserção do preso ou egresso no mercado de trabalho é uma questão de segurança pública. Na avaliação da juíza, com a criação de oportunidades de emprego para os presos, consequentemente haverá uma redução nos casos de reincidência. “Com o trabalho, há a reabsorção e a recuperação do egresso”, justificou.

Faixa – Durante a partida decisiva, que valia uma vaga na primeira divisão do campeonato brasileiro, uma faixa promocional do Projeto Começar de Novo foi divulgada dentro do campo. Com o slogan “Trabalho para ex-detentos, mais segurança para todos”, o CNJ e o Clube dos 13 pretendem incentivar empresas, entidades sociais e órgão públicos a oferecerem postos de trabalho aos egressos do sistema prisional. O goleiro do Coritiba Edson Bastos aprovou a campanha e enfatizou a importância do trabalho. “É sempre bom dar oportunidade de trabalho e resgatar a auto-estima do ser humano”, comentou. Segundo ele, é preciso “dar uma segunda oportunidade, uma segunda chance ao ser humano”.

O torcedor do Fluminense, Joelson Ribeiro Gomes, comentou a campanha e disse ainda haver muito preconceito em relação aos presos. “Muitos empresários têm medo de dar emprego a essas pessoas, mas se eles não trabalharem voltarão para o mundo do crime”, afirmou.

Mutirão carcerário: Além de incentivar a contratação de presos no estado, nos próximos dias o CNJ realizará, em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), mutirão carcerário nos presídios do Paraná. O objetivo é revisar a situação processual dos detentos e verificar a regularidade no cumprimento da pena. Até o momento, o Conselho já promoveu 18 mutirões carcerários e verificou irregularidades  e excessos no cumprimento das penas. De acordo com a conselheira Morgana Richa, o estado possui cerca de 12.500 presos apenas nas delegacias.

EN/SR

Agência CNJ de Notícias