Começar de Novo: Bahia abre mais 427 vagas para apenados e egressos do sistema carcerário

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As oportunidades não param de surgir para apenados e egressos do sistema carcerário que desejam participar do programa Começar de Novo na Bahia. Um novo termo de cooperação técnica, com a adesão de sete empresas, foi firmado na Cúria da Arquidiocese da capital baiana na última terça-feira (23/08). O documento, assinado pela presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA), desembargadora Telma Britto; pelo arcebispo Primaz do Brasil, cardeal de Salvador e presidente da Fundação Dom Avelar, dom Murilo Krieger; e pelo chefe de Gabinete da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia, Carlos Sodré abre novas perspectivas para os cumpridores de pena que desejam se reintegrar à sociedade.

De acordo com o objeto da cooperação técnica, a Fundação Dom Avelar, que atua na capacitação de apenados e egressos, se comprometerá com iniciativas que contribuam com a reintegração dos participantes do programa à sociedade.

Segundo o gestor do programa Começar de Novo no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Orlando Bitencourt, estão previstos 427 novos postos de trabalho: 260 apenados irão trabalhar na unidade prisional de Lauro de Freitas, situada na Região Metropolitana de Salvador, e 167 externamente, nas áreas das próprias empresas.

Estão inseridas na chamada Rede de Reinserção Social do programa a CSM Industria e Comércio de Confecções Ltda, CSC Engenharia Ltda, Degres Industria e Comércio de Pisos e Revestimento Ltda, Iguatemi Construções Ltda, Construtora Solobrax Ltda, Vedox Industria de Motopeças Ltda e M2A Serviços Automotivos Ltda.

Muitas ações já estavam sendo desenvolvidas com as novas parceiras. “Estamos muito satisfeitos em participar desse processo”, conta Liciete de Souza, proprietária da Vedox, em Lauro de Freitas. Atualmente, 45 apenados produzem equipamentos para a empresa na unidade prisional do município, onde ficam presos que cumprem pena no regime semiaberto. “Eles são muito interessados, muitos já avisaram que querem continuar trabalhando com a gente quando saírem da prisão”, completa.

A experiência é aprovada também pelo dono da M2A, Joaquim Santos. “Por enquanto, temos apenas um, que trabalha lá mesmo em nosso centro automotivo”, explica. “Mas a ideia é ampliar este número, o retorno tem sido muito bom”, diz ele sobre o trabalho de um apenado na empresa, localizada em Lauro de Freitas.

A presidente Telma Britto, durante a solenidade de assinatura do termo, lembrou da participação do Tribunal de Justiça. “Temos um papel importante na reintegração do apenado à sociedade”, disse a desembargadora. Já o arcebispo Primaz do Brasil destacou a importância de toda a comunidade estar envolvida e ressaltou a integração de órgãos públicos. “Tenho certeza que coisas bonitas e importantes renascerão após a assinatura desse termo”.

Fonte: TJBA