Com apoio de tribunal, caminhada em Copacabana incentiva adoções

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(Felipe Barreto/TJRJ)

Famílias e instituições que atuam pela causa da adoção participaram, neste domingo, dia 20, de uma caminhada que percorreu a orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio. O presidente da Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas de Infância e Juventude e Idoso do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), juiz Sérgio Luiz Ribeiro, levou para o evento crianças e jovens que vivem em abrigos e estão à espera de uma família.

Para o magistrado, o Judiciário deve dispor de políticas que estimulem a adoção. Ele citou as iniciativas do TJRJ e da Associação de Magistrados do Rio, como a ‘Ideal é Real’, que incentiva a adoção de crianças mais velhas e a ‘Entregar é Proteger’, que permite às mães de recém-nascidos entregarem os filhos para adoção nas varas de família, entre outras iniciativas como a própria caminhada.
“A caminhada serve para dar visibilidade à adoção. Hoje, a nossa prioridade é que a esmagadora maioria de famílias habilitadas para adoção de pequenos mude de perfil. É preciso observar que há crianças mais velhas, a partir dos oito anos de idade, adolescentes, grupos de irmãos e crianças e adolescentes com problemas de saúde que estão à espera de uma família”, explicou.
Um dos exemplos dessa mudança de perfil é Eliane Rezende e a companheira, Danielle. As duas adotaram as três irmãs: Maria Eduarda (7), Raquel (11) e Thainara (14). O esforço para cuidar do trio é grande, mas nada tira o entusiasmo das cinco. “Muda tudo, a rotina alterou completamente, cuidar das três nem sempre é fácil. Mas vale, vale muito a pena”, derrete-se Eliane.
Quando Ney Pereira e Deise adotaram Laura há seis anos, os tempos eram de maior preconceito. De lá pra cá, ele acredita que a sociedade está mais aberta e encara a adoção – seja ela como for – com mais naturalidade. “Hoje percebo que há uma rede de apoio à adoção que cruza os estados. No meu tempo foi mais difícil, alguns não entendiam bem porque eu estava adotando a Laura. Na verdade, não perceberam que era ela que estava nos adotando, transbordando carinho e amor”.
Com balões, camisas e faixas – todas incentivando a adoção – as pessoas compartilhavam suas experiências, vitórias e desafios. Em todas, o sorriso pelas novas famílias que se formam e o desafio de conscientizar a sociedade, de que adotar como gesto de amor e de que há milhares de crianças à espera de uma família, de que todas as formas de família devem ser respeitadas.

Fonte: TJRJ